O Concílio Ecumênico Vaticano II nos
apresenta, na constituição pastoral Gaudium et Spes, a Igreja em diálogo com o
mundo com o mundo de hoje. Solidária com toda a humanidade, essa constituição
conciliar proclama: "As alegrias e
as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos
pobres e de todos que sofrem, são também as alegrias e esperanças, as
tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo" (GS 1).
Com os olhos fixos em Jesus, o
concílio proclama a dignidade inviolável de pessoa humana. Insiste na índole
comunitária da vocação humana e na urgência da solidariedade entre as pessoas,
povos e nações. Comprometida com a realidade, a Igreja do concílio se
inclina sobre os problemas urgentes que envolvem a vida, a família, a economia
política. De maneira especial proclama a urgência da paz, fruto da justiça, do
amor, condenando a guerra.
Em sua missão religiosa, missão
evangelizadora, a Igreja do concílio quer colaborar para que todas as pessoas
tenham dignidade asseguradas, vida em plenitude. Quer iluminar o mundo inteiro
com a luz de Cristo, para que tudo esteja a serviço do bem comum e haja
verdadeira fraternidade universal. Essa postura profética da Igreja oferece aos
discípulos missionários de Jesus, neste anos pós-conciliares, novo vigorem seu
compromisso de construção do reino de Deus num mundo que se transforma e nos
põe em face de novos e graves desafios. Mais do que nunca, diante do apelos do
concílio, continua urgente a recomendação de D. Helder Câmara: "Não deixem
cair a profecia!"
D. Angélico Sândalo
Bernardino
Bispo Emérito de Blumenau
e
membro do Instituto Jesus Sacerdote
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