sábado, 2 de outubro de 2010

Vamos entender a Missa parte a parte.


Vamos ver o que diz  o Compêndio do Catecismo da Igreja Católico,  Nº 271.

" A Eucaristia é próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para  perpetuar, pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial de sua morte e ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna".

O esquema geral da missa é simples. Trata-se de dois grandes momentos, ou duas mesas, que fazem parte da mesma celebração: Liturgia da Palavra e liturgia Eucarística. Antes da liturgia da Palavra vêm os ritos iniciais; depois da liturgia Eucarística vêm os ritos finais. 


Portanto o esquema seria:
1. Ritos iniciais;
2. Liturgia da Palavra;
3. Liturgia Eucarística e 
4. Ritos finais.


Em seguida iremos estudar cada parte individualmente, salientando que será um estudo rápido com o propósito que cada um se aprofunde e passe conhecer melhor a Santa Missa.





Evangelho do dia -02-10-2010

Mateus (Mt 18, 1-5.10)


Naquela hora, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: "Quem é o maior no Reino dos céus?" 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: "Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. 10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus". Palavra da Salvação!

As Sete dores de Nossa Senhora

A devoção às sete dores de Maria teve origem de modo especial na ordem dos servitas, ou servos de Maria. Compõe-se de sete partes, cada uma formada de um Pai Nosso e sete Ave Maria em honra das Sete Dores da Santíssima Virgem.

1 - A profecia de Simeão - Lc 2,35
2 - A fuga com o Menino para o Egito - Mt 2,14
3 - A perda do Menino no templo, em Jerusalém - Lc 2,48
4 - O encontro com Jesus no caminho do calvário - Lc 23,27
5 - A morte de Jesus na cruz - Jo 19,25-27
6 - A lançada no coração e a descida de Jesus da cruz - Lc 23,53
7 - O sepultamento de Jesus e a solidão de Nossa Senhora - Lc 23,55


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Liturgia das Horas- parte II


A Importância da Liturgia das Horas na Vida da Igreja

A Introdução Geral à Liturgia das Horas (IGLH) em seu capítulo primeiro nos fala que uma das principais funções da Igreja é a oração pública e comum do povo de Deus. Nos primórdios, já os batizados "perseveravam no ensinamento dos apóstolos, na comunhão, na fração do pão e nas orações" (At 2,42). Várias vezes os Atos dos Apóstolos atestam que a comunidade cristã rezava em comum. (At 1, 14; 4,24; 12,5.12; Ef 5,19-21)

Celebradas em comum, foram pouco a pouco aperfeiçoadas e organizadas como o ciclo completo das horas. Enriquecida com leituras, essa Liturgia das Horas é antes de tudo oração de louvor e petição, e é oração da Igreja com Cristo e a Cristo. (IGLH 2)

A Liturgia das Horas é uma oração de Cristo, e é em Cristo que nos baseamos para orar. A atividade cotidiana de Jesus está muito ligada à oração. Mais ainda, como que brotava dela, retirando-se ao deserto e ao monte para orar, levantando-se muito cedo ou permanecendo até a quarta vigília e passando a noite em oração a Deus. (IGLH 4)

Também é a Liturgia das Horas um cumprimento da ordem de Cristo. "Orai, disse ele muitas vezes, rogai, pedi em meu nome." Deixou-nos também uma forma de rezar: a oração dominical. Ele nos inculcou a necessidade de oração e as qualidades necessárias: Humilde, vigilante, perseverante e confiante na bondade do Pai, pura de intenção e adequada à natureza de Deus.

E os apóstolos em suas cartas nos transmitiram muitas orações, sobretudo de louvor e ação de graças. Exortam-nos sobre a eficácia santificadora (1Tm 4,5; Tg 5,15s; 1Jo 3,22;5,14s) da oração no Espírito Santo (Rm 8, 15.26; 1Cor 12,3; Gl 4,6; Jd 20) por Cristo(2Cor 1,20; Cl 3,17) oferecida a Deus(Hb 13,15), como também sobre a oração de louvor(Ef 5,19s; Hb 13,15; Ap 19,5), ação de graças(Cl 3,17; Fl 4,6; 1Ts 5,17; 1Tm 2,1), petição(Rm 8,26; Fl 4,6) e intercessão em favor de todos(Rm 15,30; 1Tm 2,1s; Ef 6,18; 1Ts 5,25; Tg 5,14.16). (IGLH 5)


Postado por: Bruno Souza Nogueira ,
Artigo nº: 154 Categoria: Liturgia
Titulo do Artigo: A Liturgia das Horas 

Evangelho do dia -01-10-2010


Evangelho: Lucas 10, 13-16


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas - 13Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e Sidônia tivessem sido feitos os prodígios que foram realizados em vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, cobrindo-se de saco e cinza. 14Por isso haverá no dia do juízo menos rigor para Tiro e Sidônia do que para vós. 15E tu, Cafarnaum, que te elevas até o céu, serás precipitada até aos infernos. 16Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou. - Palavra da salvação.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Vamos conhecer a BÍBLIA - última parte

Por acaso, podemos interpretar a Bíblia de qualquer modo?
A interpretação bíblia é algo muito importante, e NÃO devemos interpretá-la de qualquer modo. A Igreja Católica que vem a ser a Igreja fundada por Jesus Cristo, vem desde os seus primórdios adotando a tradição apostólica, ou seja, os ensinamentos de Jesus não foram deturpados e muito menos interpretados de modo diferente desde sua origem. Ao ler a Bíblia, devemos Ter bastante cuidado, pois muitos são as palavras estranhas, os exemplos difíceis de ser entendidos, e principalmente, muitos são os equívocos que cansamos de cometer ao tentarmos interpretar a Bíblia sem a ajuda de um padre, um catequista , ou seja, um conhecedor do assunto.
O mundo é repleto de seitas e religiões que pregam a livre interpretação. Essa atitude desregrada causa o que vemos ao nosso redor: o nascimento de seitas e mais seitas que pregam aquilo que der na telha do pastor ou daquele que fundou a seita. Por isso, vamos tomar cuidado!
Qual é a diferença entre a Bíblia Protestante e a Bíblia Católica?
Muitas são as pessoas que desprezam a Bíblia Protestante, dizendo não ser a Palavra de Deus. Isso é uma atitude erradíssima, pois tanto a Bíblia Católica como a Bíblia Protestante deve ser considerada Palavra de Deus! A única diferença que há entre elas, é em relação ao número de livros, ou seja, a Bíblia Protestante possui sete livros a menos do que a Bíblia Católica. Esses livros são os seguintes: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Eclesiástico, Sabedoria e Baruc. A Bíblia Protestante também não contém as seguintes citações do Antigo Testamento: Dn 13-14 ; Est 10,4-16,24.
Como podemos manusear a Bíblia?
Para aprender a manusear a Bíblia, devemos antes de tudo, saber o que são capítulos e versículos. Os capítulos são as divisões que encontramos nos livros sagrados, os capítulos são denominados por algarismos. Normalmente, os capítulos aparecem em números grandes. Os versículos são as divisões que encontramos dentro dos capítulos, sua função é de auxiliarmos na localização das frases bíblicas. Normalmente, os versículos aparecem em números pequenos, que estão obrigatoriamente no meio do texto bíblico.
O que significa Pontuação Bíblica?
A Pontuação Bíblia vem a ser a forma que encontramos para manusear a Bíblia com maior facilidade. As principais pontuações bíblicas são as seguintes:
vírgula à separa capítulo de versículo. Exemplo: Dn 3,5 (Livro de Daniel, capítulo 3, versículo 5)
hífen à equivale ao "até". Exemplo: Dn 3,1-5 (Livro de Daniel, capítulo 3, versículo de 1 até 5)
ponto à mostra versículos alternados. Exemplo: Dn 3,1.3.5 (Livro de Daniel, capítulo 3, versículo 1, versículo 3 e o versículo 5)
"s" à mostra a continuação de um versículo. Exemplo: Dn 3,1s (Livro de Daniel, capítulo 3, versículo 1 e 2).
"ss" à mostra a continuação de dois versículos. Exemplo: Dn 3,1ss (Livro de Daniel, capítulo 3, versículo 1, 2 e 3).
Essas são as principais pontuações bíblicas, que normalmente usamos para manusear mais facilmente a Bíblia.
O que são abreviações bíblicas?
As abreviações bíblicas tem como finalidade, facilitar na hora de especificar o livro sagrado. A maioria das Bíblias, para não dizer todas, possui uma página com todas as abreviações bíblicas, para a consulta de todos os leitores.

Conclusão

Logo, chegamos ao conhecimento do que vem a ser a Bíblia e a sua importância para todos nós.
Basta agora, desfrutarmos daquilo que Ela pode nos proporcionar, e principalmente, praticarmos os ensinamentos daquele cujo é o seu centro: Jesus Cristo.
"Portanto, quem ignora as Escrituras, ignora Cristo"
Encerramos este pequeno estudo sobre a Bíblia elaborado por D.Orani.
A Paz!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Frase do dia

" A Igreja de Jesus Cristo ou é Missionária ou não é d'Ele. A Igreja nasceu para o mundo para Evangelizar"
( D. José Mauro)

Estudando o Catecismo da Igreja Católica- III Parte


hoje, dando continuidade ao nosso estudo do Catecismo da Igreja Católica, iremos perceber qual foi a resposta que o homem deu a Deus. bom estudo, boa aprendizagem!

TEMA 03: A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS: CRER

INTRODUÇÃO:

Ao ler o Evangelho se vê que Jesus Cristo pede um ato de fé antes de realizar o milagre; e se alegra, e louva as pessoas que - de um modo ou de outro - manifestam a sua fé. A fé é um grande dom de Deus, necessário para a nossa salvação; e a resposta do homem à revelação divina é crer o Ele nos falou, apoiados em sua autoridade divina. Estudemos, pois, com atenção a este tema para saber o que é a fé e poder agradece-la mais a Deus. A fé é também necessária para aceitar e entender o que Deus ensina.

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1.Pela fé podemos conhecer muitas coisas sobre Deus.
Sabemos com toda certeza o que Deus existe porque - mediante as coisas criadas - pode-se chegar a demonstrar a Sua existência. Mas existem questões fundamentais para o homem: como é Deus em si mesmo?, quem é Jesus Cristo?, o que há depois da vida?, questionamentos estes que não podem chegar a conhecer-se, ainda que se pense muito neles, se Deus não os tivesse revelado. Nós os conhecemos pela fé..

2. O que é a fé?
A fé é uma virtude sobrenatural pela qual - apoiados na autoridade divina - cremos nas verdades que foram reveladas, sabendo que Deus não pode enganar-Se nem enganar-nos. É, pois, um assentimento razoável, livre e sobrenatural, da inteligência e da vontade, à Revelação divina. Pela fé cremos em Deus e em tudo o que Deus nos revelou. Como o motivo que nos move a crer é a autoridade divina - não a evidência das verdades reveladas -, a inteligência do homem não está determinada a crer, e crê livremente, movida pela graça de Deus.

3. A fé é um presente de Deus.
Crer é um ato do homem, mas a fé é sobretudo um dom sobrenatural, um presente muito grande que Deus 
nos faz no momento do batismo. Só é possível crer pela graça e pelos auxílios internos do Espírito Santo.

4. Crer é uma coisa racional.
Às vezes se explica a fé dizendo que é " acreditar naquilo que não se vê", o que parece pouco racional. Sem dúvida, ainda que muitas coisas que se crêem não se compreendam, crer é uma coisa racional, porque é Deus quem revela, e Deus não pode enganar-Se nem enganar-nos. Também não se compreendem muitas coisas da natureza e as admitimos porque as ensina a ciência. Portanto, "crer" é um ato humano, consciente e livre, que não só não contradiz mas que dignifica a pessoa humana. A fé é livre antes, durante e depois do ato de fé..

5. Creio - Cremos.
Quando rezamos o credo, umas vezes dizemos: creio em Deus, no singular, porque a fé é um ato da pessoa 
que aceita livremente a autoridade de Deus que revela; em outras ocasiões dizemos: cremos em Deus - no plural - para significar que a fé, nós a recebemos, a professamos e a vivemos no âmbito comunitário da Igreja de Jesus Cristo na qual, com Ele, que é a Cabeça, formamos um só Corpo todos aqueles que crêem. Assim, a Igreja é como a Mãe de todos os fiéis, como diz São Cipriano ao relacionar a fé em Deus com o papel da Igreja: "Ninguém pode ter a Deus por Pai se não tem a Igreja como Mãe".

6. As fontes da Revelação: Sagrada Escritura e Tradição
A Revelação de Deus pode ser encontrada na Sagrada Escritura e na Tradição divina. A sagrada Escritura é a Palavra de Deus transmitida por escrito, e consta nos livros inspirados por Deus que formam a Bíblia: 45 livros do Antigo Testamento ( antes da vinda de Jesus Cristo à terra) e 27 do Novo Testamento. A Tradição é a revelação divina encomendada por Cristo e o Espírito Santo aos Apóstolos, e transmitida íntegra, de viva voz à Igreja.

7. A fé é necessária para a salvação.
A fé é necessária para a salvação. É o mesmo Jesus Cristo quem o afirma: "o que crer e for batizado, se salvará; mas o que não crer, será condenado". (Marcos 16,16). Há um quadro do apóstolo São Tomé que põe os dedos no lado aberto de Cristo. Como se recusou em acreditar na ressurreição de Jesus, o Senhor o repreende carinhosamente: " Tomé, porque viste, acreditaste: bem aventurados os que acreditarão, mas sem ver" (João 20,29). Temos de rezar por aqueles que não crêem, pedindo a Deus que lhes conceda a graça da fé, ajudando-os com nosso exemplo e doutrina, exercitando o apostolado da doutrina.
8. O Credo, resumo das verdades que devemos acreditar..
Desde o princípio os cristãos dispuseram de Símbolos ou Fórmulas de fé, que resumiam o ensinamento da Revelação divina. Existem várias formulações das verdades da fé, mas ocupam um lugar muito particular na vida da Igreja o Símbolo dos Apóstolos e o Símbolo de Nicéia-Constantinopla. Quando recitamos o Credo, estamos fazendo um ato de fé nas verdades fundamentais que Deus nos revelou.

9. Fazer muitas vezes atos de fé.
Deus nos deu um grande presente que é a fé, e temos de saber agradecer fazendo com os nossos lábios e com o nosso coração muitos atos de fé durante o dia:
Creio em Deus Pai, em Deus Filho, em Deus Espírito Santo.
Creio na Santíssima Trindade.
Creio em Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro.
Creio que Santa Maria é a Mãe de Deus de nossa Mãe.
Creio, Senhor, mas aumenta minha fé.
Creio que a Igreja Católica é minha Mãe.

10. Propósitos de vida cristã.
  • Aprender bem o Credo (os dois Símbolos)
  • Recitar sempre o Credo com devoção, não só na Missa
  • Rezar pelos que não tem o dom da Fé 
Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller 

Evangelho do dia -29-09-2010





(Jo 1, 47-51)

Naquele tempo, 47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: "Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade". 48Natanael perguntou: "De onde me conheces?" Jesus respondeu: "Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi". 49Natanael respondeu: "Rabi, tu és o filho de Deus, tu és o rei de Israel". 50Jesus disse: Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!" 51 E Jesus continuou: "Em verdade, em verdade, eu vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem". Palavra da Salvação!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Frase do dia

"A ira gera o ódio, e do ódio nascem a dor e o medo."
(
Santo Agostinho

Apoftegmas de Cassiano

2. O mesmo referiu o seguinte: «Havia um ancião, a quem uma santa virgem servia. Os homens, porém, diziam: 'Eles não são puros'. Este rumor chegou aos ouvidos do ancião. Quando, pois estava para morrer, disse aos Padres: Após a minha morte, plantai o meu bastão sobre a sepultura; se germinar e der fruto, sabei que sou puro com esta virgem; se, porém, não germinar, concluí que caí com ela». Ora o bastão foi plantado; e no terceiro dia germinou e deu fruto. Todos, então, glorificaram a Deus».

Evangelho do dia -28-09-2010



26º do Tempo Comum (Ano “C”), 2ª Semana do Saltério  cor Litúrgica Verde


 (Lc 9, 51-56)

51Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém 52e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos, a fim de preparar hospedagem para Jesus. 53Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém. 54Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: "Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?" 55Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. 56E partiram para outro povoado. Palavra da Salvação!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Liturgia das Horas

A partir de hoje iremos estudar e conhecer a Liturgia das Horas, oração oficial da Igreja. Vamos postar em partes para fixarmos essa riqueza em nossa Igreja Católica.

Chama-se Liturgia das Horas , porque se trata de uma oração em momentos determinados ao longo do dia, para santificá-lo e consagrá-lo como realidade fundamental da nossa existência. Na sua alternância de luz e trevas, o dia nos dá a noção básica do tempo. Cada dia vivido é uma chance ímpar que não convém desperdiçar: ensinai-nos a contar nossos dias, para que tenhamos um coração sábio (Sl 90, 12).

"A Liturgia das Horas desenvolveu-se pouco a pouco, até se tornar a oração da Igreja local."(LC)
A Liturgia das Horas é uma oração e toda oração tem que sair de dentro, não como uma obrigação e sim como vocação. Antes de sermos obrigados à oração, a ela somos chamados.

A oração pode ser classificada como particular e comunitária. Sabemos que uma não anula a outra, pelo contrário, elas se complementam. O homem, todos sabem, é um ser social, e para realizar sua vocação ele o faz em companhia de outros seres humanos. A oração faz parte desta vocação. Uma vez que nossa vocação principal é AMAR A DEUS, faz parte da manifestação dessa vocação o manifestar esse amor a Deus. E o fazemos principalmente através da oração. Assim, realizando essa vocação de amar a Deus, rezamos individualmente e também comunitariamente.

O exemplo e preceito do Senhor e dos apóstolos de orar sempre e com insistência não devem ser considerados como regra meramente legal, mas derivam da essência íntima da própria Igreja, que é a comunidade e deve expressar seu caráter comunitário também ao orar. (IGLH 9)

Postado por: Bruno Souza Nogueira ,
Artigo nº: 154 Categoria: Liturgia
Titulo do Artigo: A Liturgia das Horas

Reflexão de Thomas Merton

Contemplação


“ A contemplação é também a resposta a um chamado. Um chamado daquele que não tem voz e no entanto se faz ouvir em tudo que existe, e que, sobretudo, fala nas profundezas de nosso próprio ser, pois nós somos palavras dele. Mas somos palavras que existem para responder a ele, atendê-lo, fazer-lhe eco e mesmo, de certo modo, para estarem repletas dele, contê-lo e significá-lo. A contemplação é esse eco. É uma profunda ressonância no mais íntimo centro de nosso espírito, onde nossa própria vida perde sua voz específica e ecoa a majestade e a misericórdia daquele que é oculto mas Vivo. (…) É um despertar, uma iluminação, e a apreensão intuitiva, espantosa, com que o amor se certifica da intervenção criadora e dinâmica de Deus em nossa vida cotidiana. A contemplação, portanto, não “encontra” simplesmente uma idéia clara sobre Deus, confinando-o dentro dos limites dessa idéia, retendo-o como um prisioneiro a quem se pode sempre voltar. Pelo contrário, a contemplação é que é por ele arrebatada e transportada ao próprio domínio dele, seu mistério, sua liberdade.
New Seeds of Contemplation, de Thomas Merton
(New Directions; New York), 1972. p. 1 e 5.
No Brasil: Novas sementes de contemplação, (Editora Fissus, Rio de Janeiro), 2001. p. 11 e 13

Eucaristia e Liturgia

A Real Presença

Sabemos que Nosso Senhor Jesus Cristo está realmente presente, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, no Santíssimo Sacramento, sob a aparência de pão e vinho. Sabemos disso porque a Igreja nos ensina, e porque a Bíblia também o diz.
Vejamos:
No capítulo 6 do Evangelho de São João, vemos Nosso Senhor Jesus Cristo fazendo uma série de coisas preparatórias para o Seu discurso sobre a Eucaristia: primeiro Ele faz o milagre da multiplicação dos pães (Jo 6,5-13), mostrando assim Sua capacidade de modificar miraculosamente as coisas criadas, mais exatamente o pão. Em seguida, Ele caminha por sobre as água (Jo 6,19-20), mostrando Seu controle sobre o Seu próprio Corpo. Estando então demonstradas estas Suas capacidades, Ele faz o Seu discurso eucarístico (Jo 6,27-59).
Ele inicia este discurso afirmando que devemos buscar não a comida que perece (isto é, os alimentos do dia a dia), mas aquela que dura até a Vida Eterna, que Ele nos dará (Jo 6,27). Em seguida Ele trata do maná, prefiguração da Eucaristia, e afirma com todas as letras que o maná não era o verdadeiro Pão dos Céus; o verdadeiro Pão dos Céus é Ele (Jo 6,31-40).
Os judeus, porém, não acreditaram, e começaram a murmurar contra Ele. Ele então reafirma ser Sua Carne o verdadeiro pão dos Céus (Jo 6,41-51). Os judeus, então, ficam completamente escandalizados, e perguntam como Ele poderia dar a Sua Carne a comer. Note-se que o verbo que é usado na pergunta deles, no Evangelho segundo S. João, é o verbo "phagein" (comer, deglutir). Nosso Senhor então responde reafirmando o que já dissera, usando porém palavras ainda mais fortes. Ele diz que quem não comer a Sua Carne e não beber o Seu Sangue não terá a vida eterna, e afirma que Sua Carne é verdadeiramente uma comida e Seu Sangue verdadeiramente uma bebida (Jo 6, 52-59). O verbo que é usado nesta resposta não é mais o verbo "phagein", mas o verbo "trogô", que significa mastigar, dilacerar com os dentes. Ele está mostrando que não é uma parábola, não é um simbolismo. É, como Ele diz, "verdadeiramente uma comida" e "verdadeiramente uma bebida"(Jo 6,55), que deve ser mastigada, dilacerada com os dentes.
Muitos daqueles que O seguiam, então, não suportaram as palavras de Nosso Senhor. Ele, porém, não retirou o que dissera. Afirmou, ao contrário, que é o "espírito" (as palavras que dissera - Jo 6,60-65) que vivifica, não a "carne" (as opiniões das pessoas apegadas ao mundo). Muitos dos que antes O seguiam, então, se retiraram e não mais andaram com Ele, por não suportarem Seu ensinamento sobre a Eucaristia. Note-se, como curiosidade, que o versículo que conta isso (Jo 6,66) é o único versículo "666" de todo o Novo Testamento...
Os Apóstolos também receberam então de Nosso Senhor um ultimato: ou aceitavam Suas palavras ou iam embora também eles. São Pedro, o primeiro Papa, falando em nome de toda a Igreja, disse então que não se afastariam d'Ele.
O Evangelho segundo S. João, onde lemos este belo e forte discurso do Senhor, é o único Evangelho que não traz a narrativa da instituição da Eucaristia. Por que isso acontece? Porque S. João o escreveu muito depois dos outros Evangelhos (por volta do ano 90 d.C.); a narração da instituição da Eucaristia já era conhecida por todos os cristãos. Era, porém, necessário reafirmar a verdadeira Doutrina ensinada por Cristo acerca de Sua Carne e Seu Sangue, pois havia já naquele tempo hereges que negavam o valor da Eucaristia. A estes respondia S. João.
Nas narrativas da instituição da Eucaristia (Mt 26,26s; Mc 14,22s; Lc 22,19s; I Cor 11,23s) vemos que Nosso Senhor disse que o Pão e o Vinho são Seu Corpo e Seu Sangue ("Isto é Meu Corpo; Isto é o cálice do Meu Sangue). Teria sido perfeitamente possível, dada a riqueza da sofisticada língua grega em que foram escritos os Evangelhos, escrever "isto significa", ou "isto representa". Não é porém isto o que está escrito. Está escrito que "isto é" o Corpo e o Sangue de Cristo. Esta é também, evidentemente, a Fé pregada por São Paulo, quando escreve aos Coríntios que "todo aquele que comer o pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, tornar-se culpado do corpo e do sangue do Senhor... Pois quem come e bebe sem fazer distinção de tal corpo, come e bebe a própria condenação” ( I Cor 11,27-29 ).
É evidente que o Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo é um acontecimento único, que não precisa jamais ser repetido. Na Santa Missa, não há repetição do Sacrifício; Nosso Senhor não é imolado de novo. A Sua imolação única, porém, passa a estar novamente presente, por graça de Deus, para que possamos, nós também, receber seus frutos quase dois mil anos depois. Note-se que quando Deus mandou sacrificar o Cordeiro da Páscoa no Egito e marcar as portas com seu sangue, Ele também mandou comer da carne do Cordeiro (Ex 12). Ora, o Cordeiro era figura de Cristo, que é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1,29). Não basta o Sacrifício do Cordeiro; temos também que comer Sua Carne. Louvado seja sempre Nosso Senhor Jesus Cristo!

Autor: Carlos Ramalhete 

Evangelho do dia 27-09-2010


(Lc 9,46-50)
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
 Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 46houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior. 47Jesus sabia o que estavam pensando, pegou então uma criança, colocou-a junto de si 48e disse-lhes: “Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior”.
49João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lho proibimos, porque não anda conosco”. 50Jesus disse-lhe: “Não o proibais, pois quem não está contra vós, está a vosso favor”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 

domingo, 26 de setembro de 2010

Refletir!

" Ninguém fica velho somente por viver um certo número de anos; as pessoas ficam velhas por abandonarem seus ideais.
Os anos enrugam a pele, mas a falta de entusiasmo enruga a alma.
Preocupação, dúvida, insegurança, medo e desespero, estes são os longos anos que curvam a cabeça e fazem o espírito em crescimento retornar ao pó.
Você é tão jovem quanto sua confiança em si mesma, tão velho quanto seus temores, tão jovem quanto sua esperança e tão velho quanto seu desespero."


Pense nisso!

(Autor desconhecido)

Evangelho do dia 26-09-2010

26º do Tempo Comum (Ano “C”), 2ª Semana do Saltério, cor Litúrgica Verde 
Hoje: Dia da Bíblia.
Lucas (Lc 16, 19-31)
Evangelho de Jesus Cristo narrado por São Lucas, Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: 19"Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. 20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão à porta do rico. 21Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.  

22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas'. 25Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós'.  

27O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa do meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento'. 29Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!' 30O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter'. 31Mas Abraão lhe disse: 'Se não escutam a Moisés, nem aos profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos"'. Palavra da Salvação!

Oração: Ó Deus, que mostrais vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que nos reservais. Amém.

Frase do dia


(Santo Agostinho

Estudando o Catecismo da Igreja Católica- II Parte



Hoje vamos dar continuidade ao nosso  do catecismo, nessa II parte iremos estudar Deus vem ao encontro do homem; A revelação. A partir dessa semana este estuda se dará todas as quartas e domingo. Um bom estudo.


TEMA 02: DEUS VEM AO ENCONTRO DO HOMEM: A REVELAÇÃO

INTRODUÇÃO:

Santo Agostinho é um dos santos mais notáveis que a Igreja já teve, e um dos homens mais sábios do cristianismo. Depois de uma vida separada de Deus foi batizado, chegando a ser bispo da cidade de Hipona, no norte da África. E escreveu muito e tem um livro especialmente sugestivo: As Confissões, onde conta a sua conversão e proclama o desejo de Deus inscrito no coração da criatura: "Tu és grande, Senhor, e muito digno de louvor: grande é o teu poder, e tua sabedoria não tem medida. E o homem, pequena parte da tua criação, quer louvar-Te. Tu mesmo o incitas a isso, fazendo que encontre suas delícias em seu louvor, porque nos fizestes, Senhor, para ti e nosso coração está inquieto até que descanse em ti".

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. O desejo de Deus no coração humano
O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, que foi criado por Deus e para Deus ; Deus não deixa de atrair o homem para si, e só em Deus encontra a paz, a verdade e a alegria, que não cessa de buscar. O homem é um ser religioso. Como dizia São Paulo na cidade de Atenas, " em Deus vivemos, nos movemos e existimos" (Atos 17,28).

2. O esquecimento ou negação de Deus
Mas o homem pode esquecer-se de Deus, e inclusive recusá-Lo ou negar Sua existência. Motivos? A ignorância, o rebelar-se contra o mal que se sofre ou se vê, as preocupações do mundo e das riquezas, o mau exemplo de alguns que se chamam cristãos, as idéias contrárias à religião... e a atitude do pecador que - por medo - se oculta de Deus e foge de seu chamado. Nenhum desses pretextos justifica o esquecimento ou a negação de Deus .

3. É possível conhecer a existência de Deus por meio da razão natural
O homem pode conhecer a existência de Deus por dois caminhos: um, natural, e o outro sobrenatural. O caminho natural para conhecer a Deus tem como ponto de partida a criação, quer dizer, as coisas que nos rodeiam. Somente com a luz da razão, o homem sabe que nem as coisas nem ele tem em si mesmos a razão de ser, porque tiveram princípio e terão fim: são seres contingentes, seres criados e dependentes. Por isso, através do que foi criado, o homem pode chegar ao conhecimento da existência de Deus, Criador, Ser necessário e eterno, causa primeira e fim último de tudo.

4. Deus vem ao encontro do homem
Deus, além disso, por amor, revelou-se ao homem, vindo ao seu encontro; desta forma, lhe oferece uma resposta definitiva às perguntas que se faz sobre o sentido e o fim da vida humana. Deu-Se a conhecer em primeiro lugar, aos primeiros pais, Adão e Eva, depois da queda pelo pecado original, não os abandonou mas prometeu a salvação e ofereceu a sua aliança. Logo, com Abraão, elegeu o povo de Israel. Por fim, Deus se revelou plenamente enviando o seu próprio Filho, Jesus Cristo.

5. Jesus Cristo, Palavra de Deus Pai
Jesus Cristo é o Filho de Deus que se fez homem. É a palavra única, perfeita e definitiva de Deus Pai. Jesus Cristo já disse tudo o que Deus queria dizer a nós homens, de maneira que já há não existirá outra Revelação depois de Cristo.

6. As fontes da Revelação: Sagrada Escritura e Tradição
A Revelação de Deus pode ser encontrada na Sagrada Escritura e na Tradição divina. A sagrada Escritura é a Palavra de Deus transmitida por escrito, e consta nos livros inspirados por Deus que formam a Bíblia: 45 livros do Antigo Testamento ( antes da vinda de Jesus Cristo à terra) e 27 do Novo Testamento. A Tradição é a revelação divina encomendada por Cristo e o Espírito Santo aos Apóstolos, e transmitida íntegra, de viva voz à Igreja.

7. A Igreja, custodia e intérprete do depósito da fé
Cristo confiou à sua Igreja a Revelação de Deus, contida na Sagrada Escritura e na Tradição. A este tesouro nós o chamamos de depósito da fé. Cristo o confiou à Igreja para que o custodie, interprete, professe e pregue a todo mundo. Esta é a doutrina cristã, que a Igreja não cansa nunca de ensinar aos homens e mulheres de todas as idades e de todas as épocas.

8. Conhecer a Bíblia
A Igreja tem grande veneração pela Sagrada Escritura, destacando os quatro evangelhos que ocupam um lugar verdadeiramente privilegiado, pois o seu centro é Jesus Cristo. Na Missa, depois de ler o Evangelho, o sacerdote o beija em sinal de veneração e respeito. É lógico que todo cristão procure conhecer a Sagrada Escritura, especialmente os Evangelhos, e que dedique um tempo para ler e meditar a Palavra de Deus. Como diz São Jerônimo: "desconhecer a Escritura é desconhecer a Cristo".

Na proxima semana daremos continuidade ao nosso estudo vendo qual foi a resposta que o homem deu a Deus. Bom estudo!

Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller