sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Lembranças de Padre Leo




Fonte:blog.cancaonova.com/palestras
A Igreja, Nossa Mãe

Existe na rica Tradição cristã uma afirmação de São Cipriano, Bispo de Cartago e mártir , que talvez surpreenda muitos cristãos de nossos dias: "Não pode ter Deus como Pai quem não tenha a Igreja por mãe" (De Catholicae Ecclesiae Unitate , c. 6). Estas palavras foram escritas numa época turbulenta, em que S. Cipriano se via frente a duas tentativas de ruptura da Igreja; para ele, a fidelidade à Igreja era a fidelidade a Deus Pai; ser filho do Pai Celeste é ser " filho da Igreja. - Como entender isto?

O Evangelho nos diz que "ninguém vai ao Pai senão por Cristo" (Jo 14,6),...Cristo que é inseparável do seu corpo eclesial ou da sua Igreja (cf. CI1 ,24). O mistério da Encarnação não é um fato isolado, mas algo que repercute em toda a história do Cristianismo. A vida do Pai, que se derramou sobre a humanidade de Cristo, chega a cada cristão através da S. Igreja, que, por isto, é adequadamente chamada "Mãe" na Tradição cristã.

Mãe (...) Este vocábulo é dos mais significativos para todo ser humano. É talvez o primeiro conceito que a criança formula, a primeira palavra que ela pronuncia. É da mãe que a criança recebe a vida e os rudimentos da educação e do saber; os ensinamentos, os exemplos, os costumes, o amor da mãe se gravam na memória dos filhos e se tomam decisivos para o futuro destes. É na sua mãe que a criança encontra o primeiro sustentáculo, o seu amparo, a sua força e alegria; é a mãe que explica o mundo ao filho e lhe mostra tudo o que há de bom e belo, como também o que há de insidioso, neste mundo.

Pois bem. A Tradição cristã é constante ao afirmar que a Igreja é nossa Mãe. Não conheço Jesus Cristo senão através dos ensinamentos multisseculares da Santa Mãe Igreja; recebi o Livro que me fala de Jesus Cristo, das mãos dessa Mãe e Mestra; foi ela que ouviu, por primeiro, a Palavra de Cristo; vivenciou-a, aprofundou-a e consignou-a por escrito nos livros do Novo Testamento. Aliás, que cristão seria eu, que seria minha fé, que seria minha oração, se eu estivesse entregue a mim mesmo e me encontrasse a sós diante da Bíblia? Talvés eu fizesse a Bíblia dizer o que eu pensasse, em vez de ouvir a genuína mensagem de Cristo recebida de viva voz pela Igreja e oportunamente redigida pelas suas mãos, que foram Mateus, Marcos, Lucas, (...).

Mesmo aqueles que se afastam da Igreja para ficar somente com Jesus Cristo, só podem falar 
do Cristo que eles conhecem através da Igreja. Não há outra via de acesso a Cristo senão a Tradição viva da Igreja. Apesar disto, há aqueles que a abandonam, embora alimentados por essa Santa Mãe. Um vento de crítica amarga bate em muitas mentes e resseca os corações, impedindo-os de ouvir o sopro do Espírito. Muito sabiamente dizia S. Agostinho: "Onde está a Igreja, aí está o Espírito de Deus".

A Igreja é minha Mãe (...). As censuras que lhe são feitas, não carecem, todas, de fundamento. Mas o volume dessas queixas não supera a grandeza do mistério-sacramento que é a Santa Mãe Igreja, o Corpo de Cristo prolongado!

A Igreja Católica é rica? 

Revista: "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
D. Estevão Bettencourt, Osb
Nº 532, Ano 2006, p. 479
(Pe. Pio Milpacher)

Em síntese: O artigo dissipa o preconceito de que a Igreja Católica é rica em virtude de ganância e outros vícios. A Igreja tem enormes responsabilidades desempenhadas por pessoas que se põem totalmente a serviço de Cristo e precisam de ser remuneradas. Ademais os tesouros de arte do Vaticano não são como o dinheiro nos Bancos a render juros; ao contrário, são bens que exigem manutenção caríssima.

O Pe. Milpacher, benemérito por seus trabalhos apostólicos, difundiu via Internet um artigo que vai abaixo transcrito, pois responde a uma questão frequentemente formulada pelo grande público.

A IGREJA CATÓLICA É RICA?
Entre todas as teorias de conspiração acerca da Igreja Católica, a afirmação de que ela seria uma potência financeira é das que mais subsiste em nossos dias e é habitualmente utilizada pelos seus detratores. Seria mesmo a Igreja Católica uma instituição bilionária, portentosa de riquezas, à qual bastaria vender todos os seus supostos tesouros para com isso acabar com a pobreza dos povos? O Óbolo de São Pedro... O que é isso? É a coleta que será feita uma vez por anos em todas as Igrejas para ajudar a manutenção da Cúria Romana.
"Como? O Vaticano não é rico?" - Sim e não! É rico de igrejas, ornamentadas com obras de arte de valor enorme, de museus igualmente cheios de doações feitas por reis, príncipes, grande artistas e benfeitores da humanidade, que doaram objetos preciosos à Igreja em reconhecimento a Deus por graças recebidas.

Mas não são bens comerciáveis! Um dia (logo depois da guerra mundial) o Cardeal de Milão necessitava de dinheiro para reconstruir as igrejas da cidade, devastadas pelos bombardeios. Foi pedir empréstimos aos Bancos. Os banqueiros perguntaram quais bens a diocese tinha para hipotecar em caso de não restituição do empréstimo. O Cardeal era um homem santo, mas entendia pouco de negócios comerciais; ofereceu hipotecar o domo de Milão. Uma catedral maravilhosa, de valor inestimável! Os banqueiros responderam: "Não é um bem comerciável! Quem a compraria? Tem só despesas de manutenção!".

Os tesouros de arte do Vaticano, não são como o dinheiro nos Bancos, que dão renda; são bens que exigem manutenção caríssima! As ofertas dos turistas que os visitam, devem ser empregadas para conservação e restauro destes tesouros. Quem entra nas igrejas antigas de S. Paulo, Omo a de S. Francisco, admira toda aquela decoração de madeira trabalhada artisticamente. Mas terá observado que desde anos estão técnicos trabalhando sobre os andaimes para salvar a madeira do cupim, da umidade, da poluição do ar, restaurá-la e refazer as pinturas. E não é qualquer biscateiro que sabe fazer um trabalho semelhante!

No Vaticano trabalham mais de dois mil empregados: guardas, porteiros, faxineiras, funcionários das congregações romanas, que devem atender ao governo de um bilhão de católicos, coordenação de milhares de institutos religiosos, dioceses, seminários...

São em número menor do que os funcionários da prefeitura de Osasco; mas eles também não vivem de ar; devem ser pagos serviço que prestam. Se servirem ao povo católico do mundo inteiro, é justo que os católicos contribuam ao sustento.

O mesmo argumento vale para as dioceses. O Bispo e a cúria diocesana trabalham para o povo da diocese; devem ser mantidos pelo povo, como o seminário que prepara os futuros padres. O povo contribui com o dizimo e as coletas. Por isso as paróquias dão a coleta do dia de São Pedro à manutenção da igreja universal e dez por cento da arrecadação mensal à manutenção da diocese e do seminário. É justo que seja assim.

Mas somente em parte. O Estado deveria ajudar! Um dia, explicando a um operário que o Estado não ajuda em nada a igreja, ficou pasmado: "Como? A Igreja que prega a honestidade, educa as novas gerações  a evitar os vícios, prepara os jovens a formar famílias honestas e firmes, não recebe nenhuma ajuda do Estado? Não faz um serviço público?" Eu lhe respondi que o Estado não ajuda a igreja, nem quer ensino religioso nas escolas porque os anticlericais dizem que não todos os cidadãos têm religião. O homem rebateu:
"Mas, se é por isso, o Estado não deveria financiar o carnaval, porque muitos preferem ir à praia em lugar de ver o desfile, nem deveria asfaltar as ruas de Vila Nova, porque não servem aos habitantes de Vila Velha! Dizer que a religião não se ajuda porque não todos a praticam é um argumento estúpido!"

Reconheci que o homem tinha razão. E lhe expliquei: "Na instituição da República os anticlericais disseram esta besteira. Nós engolimos, porque é um mal menor do que o antigo padroado, quando o Rei ajudava, mas se arrogava o direito de nomear os Bispos, exigindo que tapassem a boca dos padres, para que não protestassem contra a escravatura, o massacre dos índios, as roubalheiras dos políticos. É injusto que o Estado doe terreno para obras de lazer e não para construir igrejas e salas de catecismo. Mas, se desde um século temos aqui Bispos de grande valor e desde quinhentos anos no Vaticano se sucedem Papas maravilhosos, é porque a igreja ganhou a liberdade de escolher os melhores, sem a interferência dos políticos. A liberdade para a Igreja não tem preço!" - O homem entendeu e achou justo que o povo ajude a sustentá-la!

Ao Pe. Pio a gratidão de PR!
Estevão Bettencourt O.S.B.

Vivonafé Notícias

Comissão Médica aprova milagre de João Paulo II
Do site da CNBB

A Comissão Médica consultada pelo Vaticano aprovou um milagre atribuído a João Paulo II, e assim a causa de beatificação do pontífice polonês, falecido em 2005, avança significativamente, informaram os meios de comunicação italianos no dia 4.

Os médicos e teólogos consultados pela Congregação para as Causas dos Santos, reunidos no mais estrito sigilo, estimaram que a cura da freira francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de mal de Parkinson, foi "imediata e inexplicável". A comissão liderada pelo médico particular de Bento XVI, Patrizio Polisca, aprovou o milagre apresentado.

A freira francesa, que era enfermeira, curou-se inexplicavelmente após suas orações e pedidos a João Paulo II poucos meses depois de sua morte, em abril de 2005.

A aprovação dos especialistas deverá ser ratificada por uma comissão de cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos.

A beatificação é o primeiro passo no caminho para a canonização, que exige a prova de intercessão em dois milagres.

No dia 19 de dezembro de 2009, o papa Bento XVI aprovou as "virtudes heróicas" do papa polonês João Paulo II venerado já em vida.

Com elas, iniciou-se a investigação do "milagre" atribuído, que deve ser examinado por várias comissões.

O processo de beatificação de João Paulo II foi iniciado por Bento XVI dois meses após a morte, no dia 2 de abril de 2005, de seu predecessor.

Fonte: www.cnbb.org.br

Vivonafé Notícias

Famílias devem ser santuários que sempre defendam a vida, exorta Bento XVI

.- Ao presidir a oração do Ângelus deste domingo, o Papa Bento XVI se dirigiu aos mais de um milhão de espanhóis congregados em Madrid aos quais recordou que as famílias devem ser santuários de caridade e esperança onde se defenda e acolha sempre a vida.

Assim o indicou em sua mensagem aos espanhóis reunidos na Praça de Colombo em Madrid que celebram pelo quarto ano consecutivo a festa da Família, e cujo tema este ano era: "A família cristã, esperança para a Europa".

"Convido-lhes a serem fortes no amor e a contemplar com humildade o Mistério do Natal, que continua falando com coração e se converte em escola de vida familiar e fraterna", disse desde a Praça de São Pedro o Papa Bento.

"O olhar maternal da Virgem Maria, o amoroso amparo de São José e a doce presença do Menino Jesus são uma imagem nítida do que tem de ser cada uma das famílias cristãs, autênticos santuários de fidelidade, respeito e compreensão, nos que também se transmite a fé, fortalece-se a esperança e se aviva a caridade".

Por isso, "animo a todos a viverem com renovado entusiasmo a vocação cristã no seio do lar, como genuínos servidores do amor que acolhe, acompanha e defende a vida. Façam de suas casas um verdadeiro foco de virtudes e um espaço sereno e luminoso de confiança, no qual guiados pela graça de Deus se possa sabiamente discernir o chamado do Senhor, que segue convidando ao seu seguimento".

Finalmente encomendou "ferventemente à Sagrada Família de Nazaré os propósitos e frutos desse encontro, para que sejam cada vez mais as famílias nas que reine a alegria, a entrega mútua e a generosidade".
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Vivonafé Notícias

Três ex-bispos anglicanos são recebidos na Igreja Católica
Serão ordenados sacerdotes católicos este 15 de janeiro

John Broadhurst, ex-bispo anglicano recebido na Igreja Católica
.- Em uma singela cerimônia celebrada na Catedral de Westminster no sábado 1º de janeiro, os ex-bispos anglicanos Andrew Burnham, John Broadhurst e Keith Newton, foram recebidos no seio da Igreja Católica e dentro de alguns dias receberão a ordenação sacerdotal.

O semanário inglês Catholic Herald informou em sua edição de internet da segunda-feira 3 de janeiro que os três ex-bispos serão ordenados diáconos no próximo 13 de janeiro e dois dias depois, no dia 15, receberão a ordenação sacerdotal.

A publicação sustenta que o ingresso dos três pastores à Igreja constitui o primeiro passo concreto para o estabelecimento do ordinariato que acolherá os anglicanos que desejem pertencer à Igreja Católica, cujo estabelecimento oficial poderia acontecer antes das anunciadas ordenações.

Burnham, Broadhurst e Newton serão os primeiros ex-bispos anglicanos em assumir segundo a disposição do Papa Bento XVI aos anglicanos que desejam estar em plena comunhão com Roma. Segundo o Catholic Herald, espera-se que o passo dos três ex-bispos seja seguido por 500 e até 800 pessoas.

A comunhão anglicana sofreu uma importante ruptura interna logo depois de que algumas de suas comunidades aprovassem a ordenação de bispos homossexuais e mulheres "bispos". Em novembro de 2009, o Papa Bento XVI publicou a constituição apostólica Anglicanorum coetibus, na que estabelece o modo no qual os anglicanos que queiram ingressar na comunhão plena da Igreja Católica possam fazê-lo.

Fonte: http://www.acidigital.com

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O que pensava D.Estêvão Bettencourt

se eu me confessar e cometer o mesmo pecado?
 
O importante é ter o firme propósito de que foi a última vez! Confesse de novo. Isto pode ser ainda mais duro e difícil que da primeira vez e dá muita vergonha. Mas, “se você tem vergonha de contar, devia ter vergonha de fazer”.
 
Nós, por sermos pecadores, temos hábitos que nos conduzem a situações onde é muito difícil não pecar. Para não pecar mais, devemos muitas vezes desistir de coisas que não são pecados em si, mas que nos conduzem ao pecado. Por exemplo, São João Bosco (Dom Bosco) era muito bom músico e pessoa muito divertida e alegre. Por isto se ia à uma festa, facilmente caía no pecado do orgulho, devido às suas habilidades naturais. Não há nada de pecado em ir às festas, mas Dom Bosco desistiu de ir a muitas delas por medo de pecar pelo orgulho e assim ofender a Deus.
 
Por exemplo: Se um rapaz, no caminho da escola, passa sempre por uma quitanda e se sente tentado a roubar uma fruta toda a vez que passa por lá, e não consegue controlar este impulso, deveria trocar de caminho, para que não aconteça de você ceder à tentação. “Somos homens, não anjos”: Isto significa que para nós é mais fácil pecar do que não pecar. 



Fonte: Dom Estêvão Bettencourt (Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1919 - 14 de abril de 2008), batizado Flávio Tavares Bettencourt, foi um dos mais destacados teólogos brasileiro do século XX. Foi também monge da Ordem dos Beneditinos do Mosteiro de São Bento, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.

Frase do dia

Pois o Deus Todo-Poderoso, por ser soberanamente bom, nunca deixaria qualquer mal existir nas suas obras se não fosse bastante poderoso e bom para fazer resultar o bem do próprio mal. (Santo Agostinho)