sábado, 1 de outubro de 2011

Orando com a Bíblia


Romanos, 8

1. Agora, portanto, já não há condenação para os que estão no Cristo Jesus.
2. Pois a lei do Espírito, que dá a vida no Cristo Jesus, te libertou da lei do pecado e da morte.
3. Com efeito, aquilo que era impossível para a Lei, em razão das fraquezas da carne, Deus o realizou enviando seu próprio Filho em carne semelhante à do pecado, e por causa do pecado. Assim, Deus condenou o pecado na carne,
4. a fim de que a justiça exigida pela Lei seja cumprida em nós, que não procedemos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5. Os que vivem segundo a carne se voltam para o que é da carne; os que vivem segundo o Espírito se voltam para o que é espiritual.
6. Na verdade, as aspirações da carne levam à morte e as aspirações do Espírito levam à vida e à paz.
7. Portanto, as aspirações da carne são uma rebeldia contra Deus: não se submetem — nem poderiam submeter-se — à Lei de Deus.
8. Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus.
9. Vós não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o Espírito de Deus mora em vós. Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo.
10. Se, porém, Cristo está em vós, embora vosso corpo esteja morto por causa do pecado, vosso espírito está cheio de vida, graças à justiça.
11. E, se o Espírito daquele que ressuscitou Cristo dentre os mortos habita em vós, aquele que ressuscitou Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.
12. Portanto, irmãos, estamos em dívida, mas não com a carne, como devendo viver segundo a carne.
13. Pois, se viverdes segundo a carne morrereis; mas se, pelo Espírito, matardes o procedimento carnal, então vivereis.
14. Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
15. De fato, vós não recebestes espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes o Espírito que, por adoção, vos torna filhos, e no qual clamamos: “Abbá, Pai!”
16. O próprio Espírito se une ao nosso espírito, atestando que somos filhos de Deus.
17. E, se somos filhos, somos também herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, se, de fato, sofremos com ele, para sermos também glorificados com ele.
18. Eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção com a glória que há de ser revelada em nós.
19. De fato, toda a criação espera ansiosamente a revelação dos filhos de Deus;
20. pois a criação foi sujeita ao que é vão e ilusório, não por seu querer, mas por dependência daquele que a sujeitou.
21. Também a própria criação espera ser libertada da escravidão da corrupção, em vista da liberdade que é a glória dos filhos de Deus.
22. Com efeito, sabemos que toda a criação, até o presente, está gemendo como que em dores de parto,
23. e não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nosso íntimo, esperando a condição filial, a redenção de nosso corpo.
24. Pois é na esperança que fomos salvos. Ora, aquilo que se tem diante dos olhos não é objeto de esperança: como pode alguém esperar o que está vendo?
25. Mas, se esperamos o que não vemos, é porque o aguardamos com perseverança.
26. Da mesma forma, o Espírito vem em socorro de nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis.
27. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito, pois é de acordo com Deus que ele intercede em favor dos santos.
28. Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio.
29. Pois aos que ele conheceu desde sempre, também os predestinou a se configurarem com a imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos.
30. E àqueles que predestinou, também os chamou, e aos que chamou, também os justificou, e aos que justificou, também os glorificou.
31. Depois disto, que dizer ainda? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32. Deus, que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como é que, com ele, não nos daria tudo?
33. Quem acusará os escolhidos de Deus? Deus, que justifica?
34. Quem condenará? Cristo Jesus, que morreu, mais ainda, que ressuscitou e está à direita de Deus, intercedendo por nós?
35. Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada?
36. Pois está escrito: “Por tua causa somos entregues à morte, o dia todo; fomos tidos como ovelhas destinadas ao matadouro”.
37. Mas, em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou.
38. Tenho certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potências,
39. nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus, que está no Cristo Jesus, nosso Senhor. ( Bíblia CNBB )

frase do dia








"Um só ato de amor nos fará conhecer melhor Jesus..." (Santa Teresinha )

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

30 de setembro - São Jerônimo


Homem das letras, e exímio escritor São Jerônimo, que nasceu na cidade de Estrido, Dalmácia, onde atualmente faz fronteira com a Iugoslávia, estudou em Roma, gramática, retórica, filosofia e demais ciências ligadas ao conhecimento do homem.
 
Antes de ingressar no corpo eclesiástico, já era escritor profissional.
 
Convertido ao cristianismo decidiu dedicar sua vocação à Igreja e passou então a autodisciplina, reflexão e muito estudo. Depois de ordenado sacerdote, São Jerônimo foi convidado pelo papa, São Dâmaso, a ser o seu secretário e, é neste período, que começou a trabalhar na tradução da Sagrada Escritura. 
 
Quando morreu o papa Dâmaso, foi para o Oriente, fixar sua morada em Belém. Deixou varia obras, mas nenhuma delas o tornou tão célebre, quanto a tradução em latim do Antigo e Novo Testamentos, que com o nome de “Vulgata”, se tornou a Bíblia oficial do cristianismo. Por isso é chamado o “Doutor Máximo das Escrituras”.
http://www.a12.com/santuario/capela/santo_do_dia.asp
Fonte: 

Precisamos aprender a conviver


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Os princípios morais são aprendidos na familia
O comportamento humano é bastante imprevisível. Ora se conduz pela razão, ora pelos sentimentos, ou até pelas paixões e maus instintos. Com tal variedade de reações, apresenta-se como ser equilibrado num tempo, mas logo depois pode entrar em cena como um ser profundamente desequilibrado e dominado por paixões. E o que é pior: pode ser levado para a maldade e para atos absolutamente indignos de um filho de Deus. 

Lembremos apenas alguns exemplos: Assustar um tranquilo motorista com um buzinaço; dar carne misturada com vidro a um cachorro; gritar assustadoramente com uma criança porque quebrou um brinquedo; torturar física ou psicologicamente um semelhante; abandonar um faminto à sua sorte; dar orientações falsas para um perdido na estrada. Isso é ser mau. É deliciar-se com o malfeito. É rir da desgraça dos outros. Mostra que a pessoa não sabe que temos um Pai, que ama a todos os Seus filhos e filhas. Esqueceu um princípio primordial de Jesus: “Não faça aos outros o que não quer que lhe façam”.

A convivência humana precisa ser aprendida, antes de tudo, na família. É lá que, desde criança, a raça humana deve aprender a conviver. Certos princípios morais, caso não sejam aprendidos no lar, jamais serão aprendidos no decorrer da vida. É por isso que dizemos de pessoa honesta e bem formada: “ela tem berço”. É muito bom ter pais que ensinam: Não faça os outros sofrer; não deve roubar nada do que pertence aos outros; não engane o semelhante; seja sempre uma pessoa asseada; pague as suas dívidas; procure colaborar com as pessoas boas... 

Nos dias atuais, mesmo em meio a dificuldades conhecidas, a escola deve ajudar nesta formação humana. Mas não podemos deixar de seguir o Mestre por excelência. “Ele passou pela vida fazendo o bem”. A motivação religiosa costuma ser uma das inspirações mais fortes que podem existir. Basta olhar para Ele, ver Seu exemplo de não prejudicar ninguém, sobretudo, Seus gestos positivos em favor de todos, para nos convencermos de que este é o caminho da felicidade.

Dom Aloísio R Oppermann scj - Arcebispo de Uberaba
domroqueopp@terra.com.br  



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A Sabedoria de Jesus


Registrou o evangelista Marcos que "Jesus foi a Nazaré, sua terra" (Mc 6,1) e muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: "Como conseguiu tanta sabedoria?" De fato, é penetrando fundo nas suas palavras registradas por aqueles que o viram e ouviram é que se pode aquilatar a amplitude dos conhecimentos do célebre Rabi da Galiléia.  Ele falou do tempo e da eternidade, das realidades terrenas e sobrenaturais com rara inteligência. Desvendou o porvir para toda a humanidade. Nada lhe era desconhecido. Discorreu sobre os maiores mistérios como se os tivesse diante dos olhos. Percebia inclusive o que se passava no mais íntimo dos corações de seus interlocutores e lia o pensamento de seus gratuitos inimigos. Mais do que ciência ele possuía onisciência, pois era realmente onissapiente. Pedagogo extraordinário seu método de ensinar era inigualável. Demonstrava sempre uma calma impressionante  e uma segurança sobre-humana. Não se percebe no seu falar nenhuma titubeação, nem vacilo, nem receios, mesmo quando aborda temas que ultrapassam de muito a capacidade humana, usando, contudo, uma linguagem acessível.  Usou as galas e louçainhas de estilo em função da difusão da Boa Nova, enriquecida com alindamentos literários. Empregou tropos fascinantes para ilustrar sua pregação e narrou parábolas maravilhosas, enriquecidas com inúmeras imagens agrárias, como as metáforas dos lírios dos campos, das aves, dos trigais , e locupletadas com comparações hauridas de várias atividades humanas, referindo-se aos administradores, aos juizes, aos médicos. É a arte de idealizar o concreto e concretizar o abstrato. Surpreende sua presença de espírito e a grandeza de seu engenho. Prova disto é quando lhe perguntam se era lícito ou não pagar o tributo ao Império Romano. Se ele dissesse que sim os judeus ficariam ainda mais contra Ele. Se falasse que não os romanos teriam motivos para o perseguir como subversivo. Que fez Ele?  Pediu a moeda do tributo e indagou de quem era a efígie da mesma e lhe responderam que era de César. Aí sua célebre frase que vem atravessando os séculos: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Mt 22,21). Sua ciência lhe era conatural, ao contrário dos sábios deste mundo que conseguem seu saber através de tanto esforço, penosos trabalhos intelectuais.  Espalhava como jóias preciosas  os eflúvios de sua sapiência. Eis por que passam os séculos e o que Ele doutrinou permanece com seu original fulgor. A originalidade caracteriza seus ensinamentos, dado que Ele ofereceu fundamento filosófico e teológico ao que pregava, como aconteceu, por exemplo, quando ordenou o perdão dos inimigos. Com efeito, os mestres antigos que também preconizaram tão atitude não ofereceram a razão última desta anistia ao próximo. Jesus, entretanto,  alicerçou o princípio: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará" (Mt 6,14). A fonte de seu saber era sua divindade, dado que ele é a Sabedoria Eterna em pessoa. Superou deste modo todos os sábios antigos e seus coetâneos exclamavam embevecidos:  "Jamais homem algum falou como este homem!" (Jo 7,46) Manancial de toda sapiência Ele podia afirmar: "Se alguém tiver sede, venha a mim e beba" (Jo 7,37). Deste modo prometeu a seus seguidores: "Eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários" (Lc 21,15). Santo Agostinho proclamava então: "Nossa ciência é Cristo, nossa sabedoria é também Cristo". Fazia o douto Mestre de Hipona eco às palavras de São Paulo a respeito de Jesus: "Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Cl 2,3). Nada, portanto, mais necessário do que se impregnar da doutrina daquele que é em plenitude o Sábio dos sábios, lembrando-se cada um, porém, que o Senhor concede sabedoria  somente àqueles que vivem com piedade (Eclo 43,37) e no respeito a seu santo nome (Eclo 21,13). Professor. no Seminário de Mariana  de 1967 a 2008.
Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalhowww.homenet.com.br/vidigal
novo blog:http://conegovidigal.blogspot.com/ Omnia per regnum Christi ad gloriam Dei.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

frase do dia

"Nossa vida é um presente de Deus e o que fazemos dela é o nosso presente a Ele." ( Dom Bosco)

Perdão, coisa de gente inteligente


FORMAÇÕES

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O portador do ódio é sempre o mais prejudicado
Uma de nossas reações mais comuns diante do sofrimento é a busca de justificativas e de culpados para tais situações. Não é fácil lidar com a dor, mais difícil ainda é enfrentar perdas e injustiças. Qual o pai que, ao perder seu filho em um assassinato, não ficará revoltado? A dor humana é compreensível e não pode ser pormenorizada, porém, precisamos aprender a trabalhá-la em nós.

Diante da injustiça, a mágoa e a revolta são consequências reais, contudo, a história nos revela que tais realidades são apenas consequências da dor e não um remédio para ela.

A violência sempre gerará mais violência, desencadeando assim um gradativo processo de disseminação do ódio, o qual, por sua vez, nunca encontrará o seu fim.

Mas como finalizar esses processos inaugurados pelo ódio? Para a violência se ausentar faz-se necessário a consciência de que um dos lados precisará ceder, perdoando.

Somos muito orgulhosos, em consequência do pecado original enraizado em nós e, por vezes, contemplamos as situações somente a partir do ângulo de nossas próprias razões. Nunca queremos dar o “braço a torcer” e queremos sempre ter a razão nas situações. E, muitas vezes, até a [razão] possuímos mesmo, contudo, “amar significa perder para ganhar” e perdoar é abrir mão da própria razão por uma realidade mais nobre.

Por mais injustiça que tenhamos experienciado, a atitude mais racional diante dessa realidade é o perdão. Por quê? Porque a mágoa nos torna pequenos e empobrecidos demais, além de ser a raiz de inúmeras enfermidades (segundo muitas comprovações científicas). O portador do ódio é sempre o mais prejudicado. Quando estamos magoados pensamos na pessoa que nos causou a dor durante as 24 horas do dia e acabamos por “aprisioná-la” dentro de nós.

Aquele que alimenta o ódio enxerga apenas a si mesmo e o seu sofrimento, fragmentando assim a própria existência e deixando de lado outras realidades essenciais. Quem vive magoado não tem qualidade de vida, não tem paz…

Perdoar é extinguir a trama de angústias que o ódio produz em nós, é libertar-se para descobrir a beleza até mesmo na desventura.

Sei que, em determinadas situações, o perdão não é coisa fácil, porém, perdoar é uma questão de decisão e não de sentimento. A graça de Deus não nos desampara, ela está sempre pronta a auxiliar aqueles que desejam verdadeiramente viver a reconciliação.

Não percamos mais tempo: libertemo-nos de toda mágoa! Existe muita vida para se viver e ainda muita alegria/realização para se conquistar.

Coragem!

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Padre Adriano Zandoná
Adriano Zandoná é padre e missionário da Comunidade Canção Nova. Formado em Filosofia e Teologia, é articulista e apresenta o programa “Em sintonia com meu Deus” de segunda a sábado – 6h15min – pela TV Canção Nova.
http://twitter.com/peadrianozcn
http://blog.cancaonova.com/padreadrianozandona

domingo, 25 de setembro de 2011

MÃE DE DEUS E NOSSA MÃE


 Nos últimos momentos de vida do SALVADOR, aos pés da Cruz, junto com as Santas Mulheres e o Apóstolo João, NOSSA SENHORA recebeu a conclusão do testamento de seu Divino FILHO. O SENHORentregou-nos Sua MÃE, para ser também "a Mãe de cada um de nós". Sem dúvida, foi o mais querido e valioso presente para a humanidade de todas as gerações, o melhor de todos afinal, porque nossa MÃE SANTÍSSIMA sempre foi a MÃE perfeita de JESUS.
Na sequência dos anos, a VIRGEM MARIA jamais faltou ou negligenciou a escolha feita pelo seu Divino FILHO, ao contrário, sempre solícita e atenciosa, revelou-se uma MÃE excepcional e admirável, desde a primeira comunidade cristã quando participava e acompanhava as principais reuniões dos Discípulos. Embora não chefiasse os Apóstolos, sua presença lembrava o SENHOR JESUS e se impunha, por sua personalidade, sabedoria e caráter inconfundíveis. Muitas vezes, para se orientarem melhor em suas decisões, os Discípulos tomavam conselhos e pediam sugestões a MARIA, porque na realidade, sua palavra trazia uma incandescente luz a problemas que de inicio, pareciam impossíveis de serem resolvidos. Eles sentiam que o ESPÍRITO DO SENHOR falava pelos seus lábios...

Todos que a procuravam, recebiam uma especial atenção, os mais zelosos cuidados, orientando-lhes e oferecendo-lhes opções de viver, propiciando-lhes a escolha do melhor caminho, da vereda mais sólida e segura para encontrar a perfeição espiritual, o polimento moral, para finalmente poderem seguir na direção do CRIADOR.
Também em MARIA estava toda a história de JESUS!...

Quantas vezes vinham caravanas de peregrinos para estar com Ela e conhecerem de viva voz aquelas deliciosas lembranças de seu Divino e tão amado FILHO!...

E quantas e quantas vezes também, os Discípulos sentavam-se ao seu redor e pediam que lhes contassem passagens da Vida de NOSSO SENHOR, que Ela descrevesse os seus hábitos mais íntimos, assim como detalhes de sua maneira pessoal de ver e analisar os fatos e as coisas do cotidiano!...

Eram lições de ternura, de uma permanente fidelidade e um imenso e ilimitado amor.
Sempre que as terminava, deixava escapar de seus encantadores olhos uma expressão de saudade. Uma furtiva lágrima deslizava suavemente pelo contorno de sua face emocionada e caia no chão.

É tradição cristã que aos 72 anos de idade despediu-se de sua vida terrestre. Dizemos despediu-se, porque no sentido correto da palavra, ela não morreu, teve um "sono transitório" e foi transportada para os Céus, em Corpo e Alma, por um sonoro cortejo de Anjos. E nada mais natural que tenha sido assim, uma vez que a morte é o castigo infligido a Adão e a sua descendência (a humanidade), por causa do pecado original e dos pecados subsequentes. MARIA teve a sua conceição imaculada e estava cheia de graças, pelo mérito de ser a MÃE DO SENHOR JESUS. Protegida pelo ESPÍRITO SANTO, não cometeu nenhum pecado, por menor e mais leve que fosse. Por conseguinte, 

Ela não morreu, sua vida teve um fim, atingiu o seu escopo. Fechou os olhos para dormir e acordou na eternidade. Afinal, aquele Corpo Imaculado não podia ser desfeito na sepultura como um corpo qualquer.

A Igreja comemora a Festa da Assunção de NOSSA SENHORA aos Céus no dia 15 de Agosto desde o século V. Em 1º de Novembro de 1950, o Papa Pio XII definiu solenemente como dogma, o fato de ter sido o corpo de MARIA levado ao Céu pelos Anjos, depois de sua morte, estando unido a sua alma na eternidade.

E depois, no Céu, todo o seu amor, aquele carinho profundo e sem limites pelo PAI ETERNO e pelas coisas Divinas, estenderam-se à toda humanidade. Junto de DEUS, como auxiliar preciosa e eficaz, continua de maneira admirável sua maternal obra em benefício daqueles que buscam a sua inefável e tão querida proteção, assumindo verdadeiramente o lugar de Mãe da humanidade.

Desde longa data, vem aparecendo a videntes em notáveis manifestações sobrenaturais, trazendo mensagens, ensinamentos e deixando ao alcance de todos a última Vontade do SENHOR, para que todos os seus filhos sejam orientados pelo caminho do direito, da justiça e do amor fraterno, procedendo conforme o Desejo Divino. Em cada local aparece de modo diferente, tanto no vestuário como fisionomicamente, recebendo na Aparição um nome que traduz um desejo Dela ou identifica o lugar da ocorrência. É assim que nossaMÃE SANTÍSSIMA, embora seja uma só, é conhecida por: NOSSA SENHORA DO CARMO, NOSSA SENHORA DE LOURDES, NOSSA SENHORA APARECIDA, NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA, NOSSA SENHORA DE NAZARÉ, NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, NOSSA SENHORA DE MEDJUGORJE, NOSSA SENHORA DE AKITA, NOSSA SENHORA DA VITÓRIA, IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA, NOSSA SENHORA DE NAJU, NOSSA SENHORA DA PENHA e tantos outros nomes.

É por isso que ao olharmos uma imagem da VIRGEM MARIA, sentimos um alento indescritível no coração, um animo acalentador que nos revigora espiritualmente e conforta a alma. É o aroma de seu imenso e grandioso amor, que transbordando desde a eternidade, inunda as suas imagens de uma ternura sem par.

Por essa razão, pensando Nela lembrei-me do apaixonado soneto de Antero de Quental: "A VIRGEM MARIA".
   Num sonho todo feito de incerteza,
   De noturna e indizível ansiedade,
   É que eu vi Teu olhar de piedade,
   E mais que piedade, de tristeza ...
    Não era o vulgar brilho da beleza,
   Nem o ardor banal da mocidade.
   Era outra luz, era outra suavidade,
   Que até nem sei se as há na natureza.
    Um místico sofrer, uma ventura,
   Feita só de perdão, só de ternura,
   E da paz da nossa hora derradeira.
    Ó visão, visão triste e piedosa,
   Fita-me assim calada, assim chorosa,
   E deixa-me sonhar a vida inteira.

Fonte: http://apostoladosagradoscoracoes.angelfire.com

Carta de Dom Bosco à Juventude

"O demônio tem normalmente duas artimanhas principais para afastar da virtude os jovens.
A primeira consiste em persuadi-los de que o serviço de Deus exige uma vida triste sem nenhum divertimento nem prazer. Mas isto não é verdade, meus caros jovens. Eu vou lhes indicar um plano de vida cristã que poderá mantê-los alegres e contentes, fazendo-os conhecer ao mesmo tempo quais são os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros prazeres, para que vocês possam exclamar com o santo profeta Davi: “Sirvamos ao Senhor na santa alegria.
A segunda artimanha do demônio consiste em fazê-los conceber uma falsa esperança duma longa vida que permite converter-se na velhice ou na hora da morte. Prestem atenção, meus caros jovens, muitos se deixaram prender por esta mentira. Quem nos garante chegaremos à velhice? Se se tratasse de fazer um pacto com a morte e de esperar até então... Mas a vida e a morte estão entre as mãos de Deus que dispõe de tudo a seu bel-prazer.
E mesmo se Deus lhes concedesse uma longa vida, escutai, entretanto, sua advertência: “o caminho do homem começa na juventude, ele o segue na velhice até a morte”. Ou seja, se, jovens, começamos uma vida exemplar, seremos exemplares na idade adulta, nossa morte será santa e nos fará entrar na felicidade eterna.
Se, pelo contrário, os vícios começam a nos dominar desde a juventude, é muito provável que eles nos manterão em escravidão toda a nossa vida até a morte, triste prelúdio a uma eternidade terrível.
Para que esta infelicidade não lhes aconteça, eu lhes apresente um método vida alegre e fácil, mas que lhes bastará para se tornarem a consolação de seus pais, a honra de pátria de vocês, bom cidadãos da terra, em seguida felizes habitantes do céu...
Meus caros jovens, eu os amo de todo o meu coração e basta-me que vocês sejam para que eu os ame extraordinariamente. Eu lhes garanto que vocês encontrarão livros que lhes foram dirigidos por pessoas mais virtuosas e mais sábias que em muitos pontos, mas dificilmente vocês poderão encontrar algum que o ame mais que eu em Jesus Cristo e deseja mais a felicidade de vocês.
Conservem no coração o tesouro da virtude, porque possuindo-o vocês têm tudo, mas se o perderem, vocês se tornarão os homens mais infelizes do mundo. Que o Senhor esteja sempre com vocês e que Ele lhes conceda seguir os simples conselhos presentes, para que vocês possam aumentar a glória de Deus e obter a salvação da alma, fim supremo para o qual fomos criados. Que o Céu lhes dê longos anos de vida feliz e que o santo temor de Deus seja sempre a grande riqueza que os cumule de bens celestes aqui e por toda a eternidade.
Vivam contentes e que o Senhor esteja com vocês. Seu muito afeiçoado em Jesus Cristo''. 

"Em todo jovem mesmo no mais infeliz, há um ponto acessível ao bem e a primeira obrigação do educador é buscar esse ponto, essa corda sensível do coração, e tirar bom proveito". (D. Bosco )