sexta-feira, 8 de abril de 2011

Apoftegmas de Cassiano

«Chegamos à cela de outro ancião, o qual nos fez comer. Quando já estávamos satisfeitos, convidou-nos a tomar mais alguma coisa. Como eu lhe dissesse que não podia mais, respondeu-me: 'Por seis vezes que chegaram irmãos, pus a mesa, e, convidando-os vez por vez, comi com eles; e ainda tenho fome. Tu, porém, tendo comido uma vez, de tal modo te saciaste que não podes mais comer'».


Tradução do grego de D. Estevão Bettencourt O.S.B. 

Sete Dores de Nossa Senhora -4ª. Dor - Doloroso encontro no caminho do Calvário



4ª. Dor - Doloroso encontro no caminho do Calvário
Por: Padre Wagner Augusto Portugal

Contemplemos e vejamos se há dor semelhante à dor de Maria Santíssima, quando encontrou-se com seu divino Filho a caminho do Calvário, carregando uma pesada cruz e insultado como se fosse um criminoso.

'É preciso que o Filho de Deus seja esmagado para abrir as portas da mansão da paz!' Lembremo-nos de suas palavras e aceitemos a vontade do Altíssimo, nossa força em horas tão cruéis de nossa vida.

Ao encontrá-lo, Jesus fitou os olhos de Maria e a fez compreender a dor de sua alma. Não pôde dizer-lhe palavra, porém a fez compreender que era necessário que se unisse à Sua grande dor. Amados irmãos, a união da grande dor de Maria e Jesus nesse encontro tem sido a força de tantos mártires e de tantas mães aflitas!

Almas que temem o sacrifício aprendam nesta meditação a se submeterem à vontade de Deus, como Maria e Jesus se submeteram! Aprendam a calar nos seus sofrimentos.

No nosso silêncio, nesta dor imensa, armazenamos riquezas imensuráveis! Nossas almas hão de sentir a eficácia desta riqueza na hora em que, abatidos pela dor, recorrermos a Maria, fazendo a meditação deste encontro dolorosíssimo. O valor do nosso silêncio se converte em força, quando nas horas difíceis soubermos recorrer à meditação desta dor!

Como é precioso o silêncio nas horas de sofrimentos! Há almas que não sabem sofrer uma dor física, uma tortura de alma em silêncio; desejam logo contá-la para que todos o lastimem! Jesus e Maria tudo suportaram em silêncio por amor a Deus!

A dor humilha e é na santa humildade que Deus edifica! Sem a humildade, trabalhamos em vão; vejam pois como a dor é necessária para a nossa santificação.

Aprendamos a sofrer em silêncio, como Maria e Jesus sofreram neste doloroso encontro no caminho do Calvário. 

Fonte:
http://www.catequisar.com.br 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vivonafé Notícias - Tornar-se pequenos como Santa Teresa para alcançar o Amor, anima o Papa



Santa Teresa de Lisieux ou Santa Teresa do Menino Jesus
Vaticano, 06 Abr. 11 / 01:53 pm (ACI)

Na Audiência Geral de hoje, o Papa Bento XVI falou sobre a Santa Teresa de Lisieux ou Santa Teresa do Menino Jesus, quem com sua vida mostrou que para alcançar a plenitude do Amor, a Deus, é necessário fazer-se pequeno com humildade, procurando o Senhor nas Escrituras e na Eucaristia, para doar a vida por outros.

Na audiência de hoje celebrada na Praça de São Pedro ante 10 000 pessoas, o Papa recordou aos presentes que a santa "viveu neste mundo somente 24 anos, ao final do século XIX, conduzindo uma vida muito simples e escondida, mas que, após a morte e a publicação dos seus escritos, tornou-se uma das santas mais conhecidas e amadas".

"A "pequena Teresa" nunca deixou de ajudar as almas mais simples, os pequenos, os pobres e os sofredores que a ela rezam, mas também iluminou toda a Igreja com a sua profunda doutrina espiritual, a tal ponto que o Venerável Papa João Paulo II, em 1997, desejou dar-lhe o título de Doutora da Igreja, em acréscimo àquele de Padroeira das Missões, já atribuído por Pio XI em 1939. O meu amado Predecessor a definiu "perita da scientia amoris".

"Essa ciência, que vê resplandecer no amor toda a verdade da fé, Teresa a expressa principalmente na narração da sua vida, publicado um ano após sua morte sob o título História de uma alma".

Teresa nasceu em 1873 em Alençon (França.). Era a mais nova dos nove filhos de Louis e Zélie Martin, beatificados em 2008. A Santa ficou órfã de mãe aos 4 anos e mais tarde sofreu uma grave enfermidade nervosa da que se curou em 1886 graças ao que chamou "o sorriso de Nossa Senhora".

Em 1887 peregrina a Roma com seu pai e sua irmã e pede ao Papa Leão XIII que lhe conceda entrar com apenas quinze anos no Carmelo de Lisieux .Um ano depois seu desejo se torna realidade, mas ao mesmo tempo inicia a grave enfermidade mental de seu padre que fará que Teresa se aproxime da contemplação do Rosto do Jesus em sua paixão. Em 1890 pronuncia os votos religiosos. Em 1896 começa um período de grande sofrimento físico, que a levará à morte, e à "noite escura" espiritual.

"Com Maria ao lado da Cruz de Jesus, Teresa vive então a fé mais heroica, como luz nas trevas que invadem sua alma. A Carmelitana tem consciência de viver essa grande prova pela salvação de todos os ateus do mundo moderno, chamados por ela de "irmãos".", disse o Papa.
"Nesse contexto de sofrimento, vivendo o maior amor nas pequenas coisas da vida cotidiana, a santa leva a cumprimento a sua vocação de ser o Amor no coração da Igreja".

Teresa morreu na tarde de 30 de setembro de 1897, dizendo as simples palavras: "Meu Deus, vos amo!".

"Essas últimas palavras da Santa são a chave de toda a sua doutrina, da sua interpretação do Evangelho. O ato de amor, expresso no seu último suspiro, era como o contínuo respiro da sua alma, como o batimento do seu coração. As simples palavras "Jesus Te amo" estão ao centro de todos os seus escritos".
“Teresa é um dos "pequenos" do Evangelho que se deixam conduzir por Deus na profundidade do seu Mistério. Uma guia para todos, sobretudo para aqueles que, no Povo de Deus, desempenham o ministério de teólogos. Com a humildade e caridade, a fé e a esperança, Teresa entra continuamente no coração da Sagrada Escritura que contém o Mistério de Cristo", afirmou o Papa.

"E tal leitura da Bíblia, nutrida pela ciência do amor, não se opõe à ciência acadêmica. A ciência dos santos, de fato, da qual ela mesma fala na última página da História de uma alma, é a ciência mais alta".

"Confiança e Amor" são, portanto, o ponto final da narrativa da sua vida, duas palavras que, como faróis, iluminaram todo o seu caminho de santidade, para poder guiar os outros sobre a "pequena vida da confiança e do amor", da infância espiritual ".

"Confiança como aquela da criança que se abandona nas mãos de Deus, inseparável do compromisso forte, radical do verdadeiro amor, que é dom total de si, para sempre, como diz a Santa contemplando Maria: "Amar é dar tudo, e dar a si mesmo"", concluiu o Santo Padre.

Ao final do Encontro, o Papa dirigiu aos peregrinos de língua portuguesa uma breve saudação reproduzida pela Rádio Vaticano em seu site em português:

Queridos peregrinos lusófonos,
a todos saúdo e dou as boas-vindas, particularmente, aos portugueses vindos de Espinho e aos brasileiros de Divinópolis. Possa essa peregrinação reforçar o vosso zelo apostólico para fazerdes crescer o amor a Jesus Cristo na própria casa e na sociedade! Que Deus vos abençoe!



Fonte:http://www.acidigital.com/noticia.php?id=21534

terça-feira, 5 de abril de 2011

Vivonafé Notícias - Arqueólogos poderiam ter encontrado o retrato mais antigo de Jesus


Arqueólogos poderiam ter encontrado o retrato mais antigo de Jesus

Roma, 05 Abr. 11 / 01:54 pm (ACI)

Especialistas na Inglaterra e na Suíça analisam umas lâminas de bronze encontradas na Jordânia que poderiam conter o retrato mais antigo de Jesus, ao mostrar o rosto de um homem com uma coroa de espinhos e a inscrição "Salvador de Israel".

Conforme informa o jornal britânico Daily Mail, os 70 códices de bronze foram encontrados entre os anos 2005 e 2007 em uma colina com vista ao Mar da Galiléia. As peças atualmente são avaliadas sob estrita confidencialidade por peritos na Inglaterra e Suíça para determinar sua antigüidade e procedência, mas se estima que datariam do século I da era cristã.

O códice mais chamativo tem o tamanho de um cartão de crédito, está selado por todos lados e oferece uma representação em três dimensões de uma cabeça humana.

O dono dos códices é Hassan Saida, um caminhoneiro beduíno que vive na aldeia árabe de Umm Al-Ghanim, Shibli. Ele negou-se a vender as peças e só cedeu duas amostras para que sejam analisadas no exterior.

Segundo o jornal, as peças foram encontradas originalmente em uma cova da cidade de Saham na Jordânia. A cova está a menos de 160 quilômetros de Qumran, a zona onde se acharam os famosos papiros do Mar Morto, uma das evidências mais famosas da historicidade do Evangelho.



Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=21521

CF- 2011 - O lugar do ser humano na criação


1.2. O lugar do ser humano na criação

107. O salmista, logo após indagar sobre o que é o ser humano, afirma, “o fizeste só um pouco menor que um deus, de glória e honra o coroaste” (Sl 8, 6). Dessa forma, indica que o ser humano foi criado de modo especialíssimo no reino da criação porque, mesmo sendo um ser integrante da natureza, a transcende, e essa transcendência, embora não tire do ser humano sua condição natural, traz outras implicações que dão sentido à natureza e gera responsabilidades em relação a ela. O primeiro relato da criação, no livro do Gênesis, expressa esta condição humana com a afirmação de que “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher ele os criou” (Gn 1, 27).

108. Em um dos Documentos referenciais do Concílio Ecumênico Vaticano II, encontramos a seguinte interpretação dessa afirmação, “o homem foi criado à ‘imagem e semelhança de Deus’, capaz de conhecer e amar o seu criador, e por este constituído senhor de todas as criaturas terrenas, para as dominar e delas se servir, dando glória a Deus”[4]. O documento conciliar entende que o homem se encontra no centro da criação, inclusive utiliza o verbo dominar para caracterizar as suas relações com os demais seres da natureza. No entanto, o entende como um ser de relações, “Deus não criou o homem sozinho”, e “o homem por sua própria natureza, é um ser social”[5], e consequentemente, chamado à cooperação e à solidariedade para com seus irmãos e para e para com os seres da natureza. Pois, o texto diz para dominar e se servir das criaturas, dando glória a Deus, o que não é compatível com a atitude de um déspota que utiliza os bens da natureza até o seu esgotamento, provocando somente morte em relação aos seres da natureza. Certamente, esta leitura pode ser realizada, mesmo que na época da realização do Concílio as preocupações ecológicas fossem apenas incipientes.

109. Visando esclarecer ainda o entendimento desta concessão para que o homem domine, dada a singularidade de seu ser, imagem de Deus, outro verbo desta narrativa merece ser mencionado e analisado, é mashal (governar, presidir), que aparece em Gn 1, 16-18. Este verbo é utilizado para descrever um domínio como o exercido pelos astros que receberam a incumbência de presidir sobre o dia e a noite, marcando o ritmo da vida. Assim sendo, o ser humano é responsável pela vida, bem estar e integridade daqueles que estão sob seu domínio. O homem e a mulher, criaturas do sexto dia, imagem e semelhança de Deus, têm responsabilidades: diante da natureza, do semelhante e diante do criador[6]. De modo, que esta singularidade observada na criação do homem e da mulher quer dizer que foram chamados à vida, ao cuidado do que a ela se refere, e a trabalhar em prol da manutenção da obra do Criador.

110. As realizações humanas, assim como suas construções e até mesmo sua procriação, devem contribuir para que este objetivo seja atingido, e dar continuidade à obra de Deus. E tendo em vista esta responsabilidade conferida ao ser humano, é oportuno recolocar uma pergunta que o saudoso Papa João Paulo II inseriu em um de seus escritos, “Todas as conquistas alcançadas até agora, bem como as que estão projetadas pela técnica para o futuro, estão de acordo com o progresso moral e espiritual do homem?”[7]. E suas preocupações ao estender seu olhar para aquele momento histórico, o fez continuar com suas indagações, “Crescem verdadeiramente nos homens, entre os homens, o amor social, o respeito pelos direitos de outrem...ou, pelo contrário, crescem os egoísmos... a tendência para dominar os outros, para além dos próprios e legítimos direitos e méritos, e a tendência para desfrutar de todo o progresso material e técnico-produtivo exclusivamente para o fim de predominar sobre os outros, ou em favor deste ou daquele outro imperialismo?”[8]. Os problemas levantados por estas interrogações se encontram entre os motivos da atual crise ecológica que coloca em risco a vida no planeta.

Fonte: Texto Base da CF 2011

Postado por Laércio