sábado, 6 de novembro de 2010

O que pensava D.Estêvão Bettencourt

Uma pessoa que nunca se confessou porque não quis, quando morrer será perdoado e aceito por Deus?
 
Dificilmente. Não por falta de vontade da parte de Deus de nos perdoar, mas por falta de vontade por parte da alma de ser perdoada.
 
Compreenda: Se alguém passa a vida inteira com a firme intenção de não reconhecer os seus erros, ao final de sua vida, Deus respeita a sua decisão, e não obriga a alma a se confessar (afinal, uma confissão forçada não é sincera).
 
Ninguém vai para o céu obrigado. Só vai quem quer, e demonstra que quer, esforçando-se por merecer, por mais indigno que seja. Deus trata com mais benevolência alguém que tenha muitos pecados e se arrependa amargamente do que aquele que tem uns poucos, mas se recusa a reconhecê-los. “Ai de ti, Corozaim, ai de ti, Betsaida! ... Porque se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos em ti, existiria até hoje... Por isto haverá menor rigor para Sodoma do que para ti” (Mt 11, 21.23-24)


Fonte: http://peregrinosdejesus.org.br/leitura.php?id=58

Dom Estêvão Bettencourt (Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1919 - 14 de abril de 2008), batizado Flávio Tavares Bettencourt, foi um dos mais destacados teólogos brasileiro do século XX. Foi também monge da Ordem dos Beneditinos do Mosteiro de São Bento, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.

Vamos relembrar - Catequese

As sete obras de misericórdia corporais:

1. Dar de comer a quem tem fome
2. Dar de beber a quem tem sede
3. Vestir os nus
4. Dar pousada aos peregrinos
5. Visitar os enfermos
6. Visitar os presos
7. Enterrar os mortos. 

Evangelho do dia -06-11-2010


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Frase do dia

"A vida na sua própria realidade e verdade é o Pai que, pelo Filho e no Espírito Santo, sobre todos derrama como fonte, os seus dons celestes. E, pela sua bondade, promete verdadeiramente também a nós homens os bens divinos da vida eterna". (S. Cirilo de Jerusalém) 

Estudando o Catecismo da Igreja Católica- VIII Parte


Estamos vendo nesse capítulo : DEUS CRIOU O HOMEM LIVRE E RESPONSÁVEL

3. Igualdade e diferença queridas por Deus

O homem e a mulher foram criados por Deus em total igualdade, como pessoas humanas, mas com diferenças morfológicas e peculiaridades psicológicas. Ser "homem" ou ser "mulher", é pois, uma realidade boa e querida por Deus. O homem e a mulher são, portanto, "imagem de Deus".


4. O homem é responsável por seus atos

a) A MATÉRIA CARECE DE RESPONSABILIDADE. Depois de um terremoto não podemos perguntar à terra por que fez isso; além de não poder responder, por não ter inteligência nem liberdade, a terra não podia ter feito outra coisa (o terremoto foi conseqüência de leis físicas naturais que se cumpriram). Também não é responsável a terra das coisas belas como são o nascimento de uma flor, o por do sol ou o trinado de um canarinho.


b) OS ANIMAIS TAMBÉM NÃO SÃO RESPONSÁVEIS. Se um cavalo mata seu dono com um coice, quando este estava lhe curando uma ferida, não é ele responsável deste feito, porque não sabe o que faz; atua levado pelo instinto. Também não é responsável das coisas boas que proporciona a seu dono: o trabalho, um passeio ou a vitória no hipódromo.

c) SÓ O HOMEM É RESPONSÁVEL DO QUE FAZ. Ao chegar à nossa casa e nos perguntam o que fizemos neste dia, dizemos: estudamos, trabalhamos, passeamos. Somos responsáveis do que fizemos. Se tivermos feito o que deveríamos fazer, merecemos o prêmio. Caso contrário, merecemos o castigo.

5. Cumprir sempre a vontade de Deus

Somos merecedores de premio ou de castigo segundo fizermos o que temos de fazer ou não; e o que temos de querer sempre e em todos os momentos é CUMPRIR A VONTADE DE DEUS. Os mandamentos da Lei de Deus, os da Santa Igreja, as obrigações de nossa idade e estado de vida, nos assinalam o que devemos fazer em relação a Deus, aos demais e a nós mesmos. Existem ocasiões em que podemos ter dúvidas em saber o que Deus nos pede concretamente. Nestes casos, o Senhor nos ajuda por meio de pessoas que tem a graça de Deus para nos orientar. Estas pessoas são nossos pais, educadores, o sacerdote com o qual nos confessamos habitualmente. Ele, particularmente, poderá ajudar-nos a ver a vontade de Deus sobre nós, porque já nos conhece. Se nos acostumarmos a fazer a cada dia o EXAME DE CONSCIÊNCIA - breve, mas seriamente - ao terminar o dia, nos daremos conta se cumprimos ou não a vontade de Deus.

6. Propósitos de vida cristã
  • Procurar ser agradecidos a Deus, que nos criou e cuida de nós. Aproveitar especialmente a Santa Missa, para faze-lo, já que é um ato infinito de ação de graças.
  • Ser muito sincero na confissão e no Exame de consciência à noite 
No próximo capítulo veremos: NOSSOS PRIMEIROS PAIS DESOBEDECERAM A DEUS E PECARA
 
Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller 
Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela

Vivonafé Notícias

Papa convida a deixar Jesus “entrar nas consciências”


Dedica sua catequese a Santa Margarida de Oingt


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 3 de novembro de 2010 (ZENIT.org) - O cristão deve deixar que Jesus entre em sua consciência e ilumine as sujeiras e erros que há nela. Esta é a mensagem que Santa Margarida de Oingt nos transmite ainda hoje, segundo o Papa, que dedicou a ela sua catequese.
Dentro do seu ciclo de autores cristãos medievais, que desde o começo do curso está dedicando a mulheres, o Papa apresentou hoje esta monja francesa pertencente à Cartuxa, aos milhares de peregrinos reunidos na Sala Paulo VI.
Desta autora mística de origem nobre, que viveu no século XIII, há poucos dados biográficos, mas em seus escritos espirituais ela fala do seu próprio caminho de purificação interior, até chegar a ter profundas experiências místicas.
"À primeira vista, esta figura cartusiana medieval, como toda a sua vida, seu pensamento, parecem muito distantes de nós, da nossa vida, da nossa forma de pensar e agir", reconheceu o Papa.
Mas acrescentou: "Se observarmos o essencial desta vida, veremos que também nos diz respeito e que deveria ser tão essencial também em nossa própria existência".
Margarida "concebeu o Senhor como um livro, fixou seu olhar no Senhor, considerando-O como um espelho no qual aparece também sua própria consciência. E a partir deste espelho, entrou luz em sua alma".
Para o Papa, o mérito desta mulher foi que "deixou entrar a palavra, a vida de Cristo, seu próprio ser e assim foi transformada; sua consciência foi iluminada, encontrou critérios, luz e foi purificada".
Cada dia, desde a manhã, "Margarida se dedica ao estudo deste livro. E, quando o observou bem, começa a ler o livro em sua própria consciência, que mostra as falsidades e as mentiras da sua própria vida".
E realizava isso "para fazer que cada dia sua existência estivesse marcada pela confrontação com as palavras e ações de Jesus, com o Livro da vida d'Ele".
"É precisamente disso que nós precisamos: deixar entrar as palavras, a vida, a luz de Cristo em nossa consciência, para que seja iluminada, para que compreenda o que é verdadeiro e bom e o que é mau; que seja iluminada e purificada a nossa consciência."
A sujeira, advertiu, "não está somente nas ruas do mundo. Há lixo também nas nossas consciências e nas nossas almas".
"Só a luz do Senhor, sua força e seu amor é o que nos limpa, nos purifica e nos conduz no caminho reto."
O Papa concluiu exortando os presentes a seguirem a santa "neste olhar dirigido a Jesus. Leiamos no livro da sua vida, deixemo-nos iluminar e limpar, para aprender a vida verdadeira".

Fonte: http://www.zenit.org/article-26442?l=portuguese

Vivonafé Notícias

Brasil ganha uma nova beata neste sábado


Madre Bárbara Maix, fundadora das Irmãs do Imaculado Coração de Maria

SÃO PAULO, quinta-feira, 4 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – A fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, Bárbara Maix, será beatificada neste sábado, dia 6 de novembro, em Porto Alegre (Rio Grande do Sul - Brasil).

A cerimônia será presidida pelo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Dom Ângelo Amato. A missa será no Ginásio Gigantinho e terá transmissão ao vivo da TV Canção Nova a partir das 13h30.
O Vaticano havia confirmado no mês de maio a beatificação. Segundo a congregação informa em sua página na internet, as religiosas da família do Imaculado Coração de Maria vivem com “júbilo e alegria” este momento.

“Bárbara Maix viveu as Virtudes Teologais e Cardinais de forma heróica, evangélica, no mais alto grau, sendo apresentada como modelo de vida e virtudes da fé cristã para os tempos atuais”, destacam as religiosas.

Em março, Bento XVI autorizara a publicação do Decreto do milagre atribuído à intercessão da fundadora. Trata-se da cura prodigiosa de um menino, Onorino Ecker, que em julho de 1944 ficou completamente curado após sofrer queimaduras de terceiro grau quando lhe sobreveio uma panela de água fervente que estava em uma fogueira. O garoto brincava quando o acidente aconteceu.
Bárbara Maix nasceu em Viena (Áustria) no dia 27 de junho de 1818 e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de março de 1873.

A perseguição às Ordens Religiosas movida pela revolução de 1848, que tinha como base a Revolução
Francesa, fez com que Bárbara Maix e outras 21 companheiras fossem expulsas do país.
As jovens pretendiam se estabelecer na América do Norte, porém enquanto aguardavam no Porto de Hamburgo um navio que as transportasse para esse país, aportou um barco com destino ao Brasil, no que Bárbara compreendeu ser “a vontade de Deus”.


Legado

Segundo Irmã Marlise Handges, diretora geral da Congregação, a beatificação é oportunidade da mais ampla divulgação do legado deixado pela fundadora.

“Será um revigoramento para toda a Congregação, levando-nos a buscar na fonte original a força dinamizadora para darmos continuidade a esta obra que, conforme Bárbara afirmou, é de Deus.”
“À medida que a Congregação foi conhecendo mais a vida da Fundadora, sua missão, seus escritos, foi percebendo que não poderia reter esta riqueza de vida apenas para si.”

“Era preciso que o seu exemplo fosse divulgado, para que outras pessoas pudessem se inspirar e perceber que a doação da vida, apesar dos sofrimentos, vale a pena e que leva à verdadeira realização”, afirmou.
Em artigo de imprensa divulgado nesta quinta-feira, o arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, afirma que a beatificação da religiosa “coroa os festejos dos 100 anos da Província Eclesiástica do Rio Grande do Sul. Mostra que a finalidade da Igreja é a santificação”.
“A obra de Bárbara Maix inscreve-se nos grandes monumentos de solidariedade de nossa região. Atua, pelas irmãs de sua Congregação, no campo da educação, da saúde, da caridade.”

“Merece nosso respeito e, por assim dizer, a entrega que lhe é conferida do título de cidadã do céu. Ela está certamente junto de Deus. Continua atuando junto de nós, especialmente junto e através das irmãs do Imaculado Coração de Maria”, afirma o arcebispo.


Beata

Até a beatificação, um longo caminho foi percorrido. Em 1993, em Porto Alegre, abriu-se o processo diocesano sobre a vida, virtudes e fama de santidade de Madre Bárbara.
Em 1997, o processo foi aberto na Congregação das Causas dos Santos. No dia 3 de julho de 2008, Bento XVI autorizou a publicação do Decreto referente às virtudes heróicas da religiosa, que a partir desse momento passou a ser Venerável na Igreja.

Já no dia 22 de abril de 2009, o Congresso dos Teólogos reconheceu por unanimidade ser milagre a cura de Onorino Ecker, obtida pela intercessão da serva de Deus.
A Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria é presença no Brasil e em mais oito países: Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Venezuela, Moçambique, Bolívia, Itália e Haiti.
A sede geral da congregação está estabelecida em Porto Alegre, com a atuação das irmãs em todo o Rio Grande do Sul, nas áreas de educação, saúde, ação social e animação missionária.
Na internet: http://www.icm-sec.org.br

Fonte: http://www.zenit.org/article-26449?l=portuguese

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Evangelho do dia -04-11-2010


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Vivonafé Notícias

D. Eugênio 90 anos 
03/11/2010

A Igreja Particular de São Sebastião do Rio de Janeiro, unida à Igreja que peregrina no Brasil e à universalidade de toda a Igreja Católica no mundo, rendem uníssona um hino de ação de graças a Deus pelos 90 anos da abençoada existência de Sua Eminência Reverendíssima o Cardeal Eugênio de Araújo Sales, quinto Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Dom Eugênio, nascido a 08 de novembro de 1920, em Acari, no Rio Grande do Norte, da família abençoada de Josefa de Araújo Sales e do desembargador Celso Dantas Sales, constituiu uma vida e uma longa folha de serviços eclesiásticos prestados, com humildade, perseverança e dedicação, desde os tempos de jovem padre ordenado na Arquidiocese de Natal, em 21 de novembro de 1943, pela imposição das mãos de Dom Marcolino Esmeraldo de Souza Dantas, bispo de Natal.

Como bispo, nomeado a 1º de junho de 1954, com apenas trinta e três anos, para Bispo Auxiliar de Natal. Em 1962 foi nomeado Administrador Apostólico de Natal. Foi Administrador Apostólico de São Salvador da Bahia em 1964, sendo nomeado Arcebispo Primaz do Brasil em 29 de outubro de 1968. O Papa Paulo VI inscreveu Dom Eugênio no Sacro Colégio dos Cardeais no consistório de 28 de abril de 1969, com o título de São Gregório VII. Em 13 de março de 1971, o Papa Paulo VI transferiu o Cardeal Sales para Arcebispo do Rio de Janeiro. Por fecundos trinta anos, a Igreja do Rio foi guiada por Dom Eugênio até a sua renúncia ter sido aceita pelo Papa, aos oitenta anos, em 25 de julho de 2001.

Desde jovem sacerdote em Natal, Dom Eugênio foi preocupado com a formação do clero e com os meios necessários para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Depois de ser nomeado bispo, Dom Eugênio, em Natal, foi pioneiro em ações pastorais para a Igreja no Brasil, como a idealização da Campanha da Fraternidade, a criação das comunidades eclesiais como forma pastoral, a entrega de paróquias às religiosas, a motorização do clero, as escolas radiofônicas, os sindicatos rurais. Ações estas que foram feitas com grande entusiasmo, muita discrição e colocando sempre em primeiro lugar a necessidade de que a Igreja usasse todos os meios necessários, particularmente os meios de comunicação social, para anunciar o Evangelho, para dar dignidade aos mais pobres, dando-lhes condições de trabalho digno, de renda e de organização para lutar pelos seus direitos.

A fecundidade das múltiplas ações pastorais, sociais e caritativos de Dom Eugênio, em Natal, fizeram com que o seu amigo Dom Helder Câmara, ao fundar a CNBB junto com os Cardeais Motta e Câmara, colocasse em prática as inovações pastorais criadas por Dom Eugênio, sendo que a Campanha da Fraternidade, nascida em Natal sob a guia do jovem Bispo potiguar, assumida pelo Episcopado, logo se espalhasse para todo o Brasil, numa capilaridade pastoral perfeita em que assuntos prementes da vida eclesial sejam discutidos e trabalhados sempre na busca de soluções melhores para a vida do nosso povo.

O Cardeal Dom Jaime, antes de morrer, já começava a aplicar na Arquidiocese do Rio as mudanças propostas pelo Concílio Vaticano II. Dom Eugênio, ao chegar ao Rio de Janeiro, implementou imediatamente as ações evangelizadoras do Concílio Vaticano II, mesmo com as normais dificuldades. Manteve firme a sua confiança inabalável em Deus e governou esta Igreja como sua esposa, sendo o Bom Pastor que conhecia as suas ovelhas, que as chamava pelos nomes e que as confirmava na irrestrita fidelidade a Deus, à Igreja, à Sé de Pedro e ao Papa.

A Igreja do Rio viveu esta comunhão e esta unidade pastoral na fidelidade e no silêncio da ajuda caritativa que sempre chegou aos mais pobres e mais desvalidados, principalmente com a Cruzada de São Sebastião, o Banco da Providência, com a sua Feira da Providência, a Pastoral do Menor, a Pastoral da Criança, entre outras muitas atividades sociais. Muitas ações de Dom Eugênio foram consideradas fundamentais na vida da cidade do Rio, como aquela ação em favor dos mais pobres, como no caso em que os moradores da favela do Vidigal não foram removidos graças à sua intervenção através da pastoral das favelas. Dom Eugênio subia e descia as favelas, morros e bairros de nossa cidade sempre dialogando e levando a Palavra de Deus aos mais pobres e desvalidos, cuidando de seus direitos, sem se esquecer de dialogar com todos os demais habitantes, principalmente com os construtores da sociedade.

A preocupação permanente da formação do clero foi uma das marcas de Dom Eugênio, que renovou o Seminário São José, incentivando as vocações, ordenando muitos presbíteros (215 durante o seu episcopado) e dando uma assistência especial, por si ou por seus bispos auxiliares, aos padres de sua Arquidiocese.

Bendizemos a Deus pelas vocações sacerdotais e o seu incremento no governo de Dom Eugênio, com muitas ordenações e o seu carinho pelo clero. Para com os bispos do Brasil, organizou anualmente o curso dos Bispos no Sumaré, em que teve a alegria de hospedar em sua primeira edição o então Cardeal Joseph Ratzinger, que veio falar ao episcopado e, depois do mesmo, falou para leigos e religiosos. Estes encontros, dos quais eu mesmo participei em seu governo, eram e ainda são momentos de oração, de renovação espiritual e de atualização nas várias áreas da teologia e dos assuntos eclesiais.

Não podemos deixar de dizer da ampla e silenciosa rede de assistência aos mais pobres que foi idealizada, levada a efeito e protegida por Dom Eugênio em seu longo governo de trinta anos em nossa Arquidiocese. Não era apenas um discurso a defesa dos pobres, mas na prática, no dia a dia, no socorro de suas necessidades e na sua colocação profissional, ou seja, a sua promoção. O Cardeal Sales, silenciosamente, como ele mesmo gosta de dizer, protegeu os presos políticos, ajudou-os materialmente e foi a sua voz junto aos militares, e sempre foi ouvido pelo respeito de suas posições sempre claras, não se comprometendo nem com os militares e nem com a luta armada. Todos conhecem histórias de como ele mesmo levava pessoas que necessitavam sair do país, com o seu veículo, até o Aeroporto. Dom Eugênio é também referência para os refugiados na América Latina e a sua ação, silenciosa e persistente, deu asilo e proteção a muitas pessoas perseguidas em seus países. Muitos hoje retornam e fazem questão de dizer como o Arcebispo do Rio agia com energia e ajudava os que mais precisavam.

No mundo da cultura, o episcopado de Dom Eugênio foi admirável, não só no diálogo com o vasto mundo intelectual do Rio de Janeiro, mas nas parcerias entre a Arquidiocese e a intelectualidade. Homem da boa imprensa, sempre manteve colunas semanais nos jornais Diário de Notícias, O Dia, Jornal do Commercio e O Jornal. Atualmente escreve no jornal O Globo e no Jornal Testemunho de Fé, este da Arquidiocese do Rio.

Desde o início no Rio de Janeiro até recentemente tinha programas semanais nas TVs Tupi, Rio, Globo, Educativa, RedeVida, Canção Nova e Rádios, entre elas Nacional, Vera Cruz, Roquete Pinto, Jornal do Brasil, Carioca, Catedral e Canção Nova. Um homem admirável, que unia doutrina com a ortopraxis, sendo fidelíssimo a Deus, à Igreja e aos Romanos Pontífices.
Homem da Igreja, homem de oração, homem de fé! Dom Eugênio enfrentou as alegrias e as tristezas, enfrentou os trabalhos e as adversidades com a serenidade de um homem de fé, que tendo como exército o breviário, o rosário, a confiança em Deus e a promessa de Cristo a Pedro que de as “portas do inferno jamais sucumbirão a Igreja”, passou por tudo com a serenidade dos justos. Tudo isso foi possível porque invocou sempre a proteção de São Sebastião e de Santana, Padroeiros do Rio de Janeiro, e sempre contemplou e orou diante do Cristo Redentor, que, protegendo a sua vida e o seu ministério, o inspirou muito em fazer, de sua maneira, o melhor bem espiritual para o Rio de Janeiro.

A Igreja do Rio se reúne solenemente neste dia 06 para dizer que tem muito a agradecer a Deus pelo grande Patriarca que ela respeita e agradecer o seu ministério, a sua vida, a sua fidelidade, o seu exemplo. A síntese da vida de meu predecessor se traduz no seu lema – “Impendam et superimpendar”, fundamenta-se na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios (2Cor 12, 15): “Quanto a mim, de muita boa vontade gastarei o que for preciso e me gastarei inteiramente por vós.”

Assim, nós que temos o peso e tremor de suceder ao querido Cardeal Sales, podemos resumir a sua vida da seguinte forma: Um homem que se consagrou a Deus, cujas promessas da ordenação sacerdotal foram vividas rigorosamente no exercício do seu ministério através da fidelidade ao Papa e à Igreja, e no serviço em prol dos mais necessitados. Não lhe importava, ou não importa agradar, mas ser fiel a Cristo sendo, por isso, Sua testemunha. A sua vida de oração, os seus sentimentos, os seus pensamentos, sua conduta, seus afazeres têm uma meta: a causa do Reino.
E a causa do Reino consumiu a sua fidelidade, e nós dizemos: Muito obrigado, Cardeal Sales, pelo exemplo que edificou, pela Palavra que santificou, pela Igreja que uniu, pela fidelidade ao Magistério que ensinou e, ainda mais, sua missão para que aparecesse sempre mais o Cristo que, visibilizado na imagem do Cristo Redentor, fosse Ele a iluminar e abençoar, através de sua ação ministerial a Igreja do Rio e a Igreja Católica.

† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Fonte: http://www.entreredes.org.br/index.php?op=noticia&wcodigo=26391

Vivonafé Notícias

Vida é caminho de amor e purificação para configurar-se com Cristo, afirma o Papa Bento XVI

.- Na audiência geral de hoje, celebrada no Sala Paulo VI, o Papa falou sobre Margarida de Oingt, nascida por volta do 1240, no seio de "uma poderosa família da antiga nobreza de Lyon, os Oingt". Dela, disse, os católicos podem aprender que a vida cotidiana é um caminho de purificação para configurar-se com Cristo, para amar com o mesmo amor que o levou a entregar-se na Cruz.

Diante de milhares de fiéis reunidos na Sala Paulo VI do Vaticano, o Santo Padre explicou que "de suas meditações intuímos que entrou na Cartuxa de Poleteins em resposta à chamada do Senhor, deixando tudo e aceitando a severa regra cartuxa, para ser totalmente do Senhor, para estar sempre com Ele".

"Sabemos que em 1288 se converteu na quarta prioresa da Cartuxa, cargo que ocupou até sua morte, em 11 de fevereiro 1310. De seus escritos, entretanto, não há detalhes particulares sobre seu itinerário espiritual. Concebe toda a vida como um caminho de purificação até a plena configuração com Cristo".

O Papa assinalou que "através de seus escritos, Margarida nos oferece um dado sobre sua espiritualidade, que nos permite perceber alguns traços de sua personalidade e de seus dotes de governo. Vive uma vida cheia de experiências místicas, descritas com simplicidade, deixando intuir o mistério inefável de Deus, fazendo insistência nos limites da mente ao aferrá-lo e a insuficiência da linguagem humana para expressá-lo".

"No dinamismo da vida mística, Margarida valoriza a experiência dos afetos naturais, purificados pela graça, como o meio privilegiado para compreender mais profundamente e seguir com maior prontidão e ardor a ação divina. O Deus Um e Trino, o Deus amor que se revela em Cristo a fascina, e Margarida vive uma relação de profundo amor para o Senhor e, por contraste vê a ingratidão humana até a covardia, até o paradoxo da cruz".

Bento XVI concluiu alentando a seguir o convite de Margarida de Oingt "a meditar cotidianamente a vida de dor e de amor de Jesus e de sua Mãe, Maria. Aqui está nossa esperança, o sentido de nossa existência. Da contemplação do amor de Cristo por nós nascem a força e a alegria de responder com o mesmo amor, pondo nossa vida ao serviço de Deus e de outros".

Evangelho do dia -03-11-2010


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Frase do dia

"Eu não morro, entro na vida". 
(Santa Tereinha do Menino Jesus)

Oração pelos falecidos

Pai santo, Deus eterno e Todo-Poderoso, nós Vos pedimos por ......... (nome do falecido),que chamastes deste mundo. Dai-lhe a felicidade, a luz e a paz. Que ele, tendo passado pela morte, participe do convívio de Vossos santos na luz eterna, como prometestes a Abraão e à sua descendência. Que sua alma nada sofra, e Vos digneis ressuscitá-lo com os Vossos santos no dia da ressurreição e da recompensa. Perdoai-lhe os pecados para que alcance junto a Vós a vida imortal no reino eterno. Por Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém
(Rezar Pai-Nosso e Ave-Maria.)

Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele a Vossa luz! Amém

O sentido da morte Cristã

O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca.
É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre.

Conforme o Catecismo da Igreja Católica (CIC); graças a Cristo , a morte cristã tem um sentido positivo. “Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro” (Fl 1,21). “Fiel é esta palavra: se com Ele morremos, com Ele viveremos” (2Tm 1,11). A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente “morto com Cristo”, para viver de uma vida nova; e, se morrermos na graça de Cristo, a morte física consuma este “morrer com Cristo” e completa assim, nossa incorporação a ele em seu ato redentor. ( CIC  1010).

Na morte Deus chama  a si. É por isso que o Cristão pode sentir, em ralação à morte um desejo semelhante ao de São Paulo: “O meu desejo é partir e ir estar com Deus” (Fl 1,23); e pode transformar sua própria morte em um ato de obediência e de amor ao Pai, a exemplo de Cristo. (CIC 1011).

A visão Cristã da morte é expressa de forma privilegiada na liturgia da Igreja:
“ Senhor, para os que crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”.

No Evangelho de hoje, São João nos lembra: “Esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.

Carmita Overbeck nos diz em um de seus retiros: “ Coragem! Eu venci o mundo.” (Jo 16,33)

Evangelho do dia -02-11-2010


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vivonafé Notícias

Susan Boyle revela que a fé católica de sua mãe salvou-a do aborto

Susan Boyle

.- Em sua nova autobiografia, a cantora Susan Boyle revelou que está viva graças à fé católica de sua mãe, que se negou a submeter-se a um aborto quando os médicos disseram que sua filha podia nascer com sérias complicações físicas.

Conforme recolhe o site ReligionenLibertad.com, no livro "The Woman I Was Born To Be" Boyle sustenta que os médicos recomendaram o aborto "à sua mãe Bridget Boyle, que tinha outros oito filhos, porque temiam que houvesse complicações físicas (…) Sua mãe rejeitou o conselho como ‘impensável’ dado que ela era ‘uma católica devota’".

"Susan Boyle nasceu de emergência por cesárea. Os médicos não felicitaram Bridget com um ‘felicidades, tem você uma bebê preciosa’, mas sim, explica a biografia, assumiram uma atitude desdenhosa para a pequena Susan, suspeitando que pudesse ter tido dano cerebral devido a uma falta de oxigênio", indica o livro.

Disseram a Bridget Boyle que aceitasse "que a menina não alcançaria muito na vida".

"Estou segura que eles tinham a melhores intenções, mas não acredito que eles deveriam ter dito isso, porque ninguém pode predizer o futuro. O que eles não sabiam era que eu sou uma pessoa lutadora, e toda minha vida estive tentando provar que estavam equivocados", afirma Susan no livro.

Aos 49 anos de idade, Susan Boyle se converteu em fonte de inspiração para milhões de pessoas em todo mundo quando em abril de 2009 se destacou no concurso "Britain´s Got Talent". Recentemente cantou diante do Papa Bento XVI em Glasgow. Seu primeiro álbum vendeu nove milhões de cópias em seis semanas e foi o mais vendido do ano na Grã-Bretanha

Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=20416

Vamos relembrar - Catequese

Os cinco preceitos da Igreja:

1. Participar na Missa, aos domingos e festas de guarda e abster-se de trabalhos e atividades que impeçam a santificação desses dias.


2. Confessar os pecados ao menos uma vez cada ano.


3. Comungar o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa.


4. Guardar a abstinência e jejuar nos dias determinados pela Igreja.


5. Contribuir para as necessidades materiais da Igreja, segundo as possibilidades.

As Sementes Perdidas - Reflexão de Thomas Merton

As sementes perdidas


“ Cada momento e cada acontecimento na vida do homem aqui na terra plantam em sua alma uma semente. Pois, assim como o vento leva milhares de sementes aladas, assim também cada instante traz consigo germes de vitalidade espiritual que vêm pousar imperceptivelmente no espírito e na vontade dos homens. A maior parte dessas inumeráveis sementes perecem e ficam perdidas, porque não estão os homens preparados para recebê-las. Pois sementes como essas não podem germinar a não ser na boa terra da liberdade, da espontaneidade, do amor.
(…)
Temos de aprender a reconhecer que o amor de Deus nos procura em cada situação e procura o nosso bem. Seu amor imperscrutável procura o momento do nosso despertar.”
 New Seeds of Contemplation, de Thomas Merton
(New Directions, New York), 1972. p. 14 e 15
No Brasil: Novas sementes de contemplação (Editora Fissus, Rio de Janeiro). 2001. p. 23 e 24

Frase do dia

(Santo Agostinho)

Evangelho do dia -01-11-2010


domingo, 31 de outubro de 2010

Estudando o Catecismo da Igreja Católica- VIII Parte

TEMA 08: DEUS CRIOU O HOMEM LIVRE E RESPONSÁVEL
INTRODUÇÃO:
Já se estudou em outro tema que Deus, depois de ter criado todas as coisas, criou o homem: Adão e Eva, de quem todos descendemos. Deus cria a todos os homens. Com a colaboração dos pais, forma o corpo e, diretamente, Ele cria a alma que infunde neste corpo. A alma é o que dá vida ao corpo. Tudo isto quer dizer que cada um de nós fomos criados por Deus. Ele pensou em cada ser humano, nos amou, e como fruto deste amor, nos criou. Além disso, como diz a Sagrada Escritura, nos criou " à sua imagem e semelhança" (Gênesis 1,26).
O que é o homem? Para que Deus nos criou? Como devemos comportar-nos? Estas e outras perguntas todos nos fazemos. Este tema quer ajudar-nos a responde-las.

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. Deus criou o homem com corpo e alma

O livro do Gênesis nos diz que Deus formou o corpo do homem "do barro da terra", e lhe soprou no rosto "alento de vida". Com estas palavras tão simples, Deus nos diz que formou diretamente ao homem de uma matéria que já existia e que, depois, criou diretamente do nada uma alma e a uniu a este corpo. Depois de Adão e Eva, os homens todos recebemos o corpo de nossos pais, mas a alma nós a recebemos diretamente de Deus.

2. A "imagem e semelhança" de Deus

A obra de um artista é o reflexo de sua arte. Ainda que, às vezes, uma obra de arte não tenha a assinatura de seu autor, é possível descobrir de quem é a obra porque ali está refletida a sua personalidade. O homem é imagem de Deus. Vejamos alguns aspectos que manifestam a imagem de Deus no homem:
  • A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Por ter sido criado à imagem de Deus, o ser humano tem a dignidade de PESSOA; não é tão somente alguma coisa, mas alguém. O homem é a única criatura da terra à qual Deus amou por si mesma. Só ele está chamado a participar, pelo conhecimento e pelo amor, na vida de Deus. Para este fim foi criado e esta é a razão fundamental de sua dignidade.
  • O HOMEM É UM SER INTELIGENTE. Os animais não pensam, mas o homem pode pensar e expressar seu pensamento com palavras. Sabe calcular, contar, medir etc..; fabrica motores, descobre a eletricidade. Distingue-se dos demais seres por sua razão ou inteligência, que é um reflexo da inteligência de Deus. Os animais louvam a Deus sem o saber; o homem o faz sabendo...
  • O HOMEM É UM SER LIVRE. Os animais se governam por instintos e não podem agir de outra maneira; as plantas regem-se por leis as quais obedecem cegamente. O homem pode escolher; pode fazer uma coisa ou outra; pode fazer o bem ou o mal, pode cumprir ou não as leis que o Senhor lhe deu. Deus lhe concedeu a faculdade de escolher livremente. Deus quis o homem livre.
  • O HOMEM É REI E SENHOR DO UNIVERSO. Deus entregou o mundo ao homem para que o submetesse e transformasse. O homem pode domesticar os animais selvagens, desviar os rios, fazer saltar as pedras, cortar as árvores, etc.. Deus o quis assim. Sendo Deus o Dono e o Senhor de tudo, porque tudo criou e tudo lhe pertence, colocou tudo nas mãos do homem, para que este seja senhor e domine a terra. Nisto também se parece o homem com Deus, que lhe fez participar do dom de poder dominar sobre os animais, as plantas..., todo o universo.
  • O HOMEM É IMAGEM DE DEUS, SOBRETUDO, PELA GRAÇA. Ainda que em outro tema vamos explicar o que é a graça, é importante dar-se conta que, entre todos os benefícios que Deus deu ao homem, o que o assemelha mais a Deus é a GRAÇA SANTIFICANTE, que se recebe no momento do Batismo. A graça nos faz participantes da natureza divina, elevando- nos à dignidade de filhos de Deus. 

Fonte: Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Biela
Fonte: Livro "Curso de Catequesis" do Editorial Palavra, España
Tradução: Pe. Antônio Carlos Rossi Keller 

Entenda a Liturgia das Horas- PARTE III

A TV Canção Nova exibiu no mês de junho o Especial Ofício Divino, onde fala sobre a riqueza da Liturgia das Horas. Esta é a terceira parte do especial.



Fonte: www.cancaonova.com
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(12) 3186-2600

Frase do dia

"Na Eucaristia, partimos «o mesmo pão, que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrer, mas para viver eternamente em Jesus Cristo"

(S. Inácio de Antioquia). 

Vamos relembrar - Catequese

Os doze frutos do Espírito Santo:
1. Amor
2. Alegria
3. Paz
4. Paciência
5. Longanimidade
6. Benignidade
7. Bondade
8. Mansidão
9. Fé
10. Modéstia
11. Continência
12. Castidade.

Evangelho do dia -31-10-2010


Vivonafé Notícias

Bento XVI irá a Santiago de Compostela e Barcelona como peregrino PDF Imprimir E-mail
Escrito por Ervino Martinuz   
Sáb, 30 de Outubro de 2010 13:47

Cidade do Vaticano, 30 out (SIR/Gaudium Press) - Arte, fé, família, raízes cristãs da Europa e peregrinação serão os temas da 18ª viagem de Bento XVI ao exterior que acontecerá de 6 a 7 de novembro. A última viagem de 2010 do Santo Padre será à Espanha, em duas regiões diferentes: Santiago de Compostela. na Galícia, e Barcelona, na Catalunha. "Será uma viagem muito espiritual, cheia de significado", afirma Padre Federico Lombardi, na coletiva de imprensa concedida hoje no Vaticano para apresentar detalhes da viagem. O Papa irá a Santiago de Compostela como peregrino, em ocasião do Ano Jubilar Compostelano, que é celebrado quando a festa de São Tiago, em 25 de julho, cai em um domingo. Bento XVI, depois de um breve encontro com a corte espanhola, começará a sua viagem com uma visita à Catedral de Santiago de Compostela, com todo o ritual do peregrino. Entrará pela porta da Azabacheria e fará uma oração particular na Capela do Santíssimo. Depois, irá ao Pórtico da Glória para saudar os peregrinos presentes na praça. Em seguida, entrando pela Porta Santa, irá venerar o túmulo do Apóstolo São Tiago. Seguindo uma antiga tradição, o Santo Padre abraçará a estátua do Santo. Ao fim do ritual o Papa fará um discurso de saudação. Santiago de Compostela é meta da antiga peregrinação da Europa. Por isto, entre os temas desenvolvidos pelo Santo Padre, como salientou o porta-voz vaticano, estarão presentes os relacionados à peregrinação e às raízes cristãs. O Papa alemão nunca foi à cidade. Quando era ainda Cardeal, ele queria fazer uma peregrinação junto a seu irmão Georg, mas o desejo nunca se realizou. Por motivos de idade e saúde, não foi prevista a presença de seu irmão, informou o Padre Lombardi. Também a visita a Barcelona tem um forte significado pastoral. Bento XVI irá consagrar a Sagrada Família. Com este gesto o Papa ressaltará a importância da igreja na sua unicidade e tantos fortes símbolos cristãos, afirma o porta-voz vaticano. Bento XVI será o segundo pontífice a visitar Santiago de Compostela e Barcelona. João Paulo II esteve nas duas cidades em 1982 e em 1988 esteve pela segunda vez em Santiago de Compostela para a Jornada Mundial da Juventude. Com essa segunda viagem e uma terceira viagem no próximo ano à Madri para a JMJ, a Espanha torna-se o país mais frequentado pelo Papa Ratzinger. Até agora só o seu país natal, Alemanha, foi visitado mais de uma vez. A próxima visita de Bento XVI à Espanha, pelo seu caráter muito pastoral, terá breves e menos encontros protocolares com as autoridades. O pontífice será recebido no aeroporto pelos príncipes das Astúrias e a despedida será feita pelo casal real com o qual terá um encontro privado na Sala do Museu na Sagrada Família antes da consagração do templo. Ele se encontrará também com o Primeiro Ministro José Zapatero no Aeroporto Internacional de Barcelona antes de embarcar de volta para Roma.

Vivonafé Notícias

O Papa Bento XVI destaca importância vital da mulher na Igreja Católica
Esposos cristãos podem seguir um caminho de santidade com a graça do sacramento do matrimônio, recorda

.- O Papa Bento XVI dedicou a Audiência Geral desta quarta-feira celebrada diante de milhares de fiéis na Praça de São Pedro a Santa Brígida da Suécia, CO-padroeira da Europa que viveu entre 1303 e 1373. Sua vida mostra a importância e a dignidade da mulher na Igreja Católica, e seu exemplo destaca a importância da oração profunda no caminho para Deus.

Brígida, proclamada Co-padroeira da Europa por João Paulo II, nasceu em Finster, Suécia. Em sua vida pode se distinguir por dois períodos. O primeiro esteve caracterizado por sua condição de mulher felizmente casada e mãe de oito filhos. Iniciou-se então no estudo da Sagrada Escritura e adotou como norma de vida, junto a seu marido, a Regra dos Terciários franciscanos. Praticou também generosamente as obras de caridade e fundou um hospital.

Este primeiro período da vida de Brígida, disse o Papa, "nos ajuda a apreciar o que hoje poderíamos chamar uma verdadeira ‘espiritualidade conjugal’: os esposos cristãos podem seguir um caminho de santidade, sustentados pela graça do Sacramento do Matrimônio.Que o Espírito do Senhor suscite também hoje a santidade dos esposos cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do matrimônio vivido de acordo com os valores do Evangelho: o amor, a ternura, a ajuda mútua, a fecundidade na geração e educação dos filhos, a abertura e a solidariedade para o mundo, a participação na vida da Igreja!".

Quando Brígida enviuvou começou o segundo período de sua vida. Renunciou a outras bodas para aprofundar "a união com o Senhor mediante a oração, a penitência e as obras de caridade", e "depois de distribuir seus bens aos pobres, estabeleceu-se no monastério cisterciense de Alvastra, sem chegar à consagração religiosa". Nesse lugar começaram as Revelações divinas, que a acompanharam pelo resto de sua vida e cujo conteúdo e estilo são muito diferentes.

O Papa explicou logo que "o valor das Revelações de Santa Brígida, que às vezes foi objeto de algumas dúvidas foi precisado pelo Venerável João Paulo II, que na Carta ‘Spes aedificandi’ escreve: ‘Reconhecendo a santidade de Brígida, a Igreja, embora não se pronuncie sobre as revelações individuais, aceitou a autenticidade global de sua experiência interior’".

"De fato a leitura destas Revelações nos interpela sobre muitos tema importantes. Descreve-se com freqüência a Paixão de Cristo, contemplando nela o infinito amor de Deus pelos seres humanos. Outro argumento recorrente é a maternidade dolorosa de Maria, que a converteu na Mediadora e Mãe da misericórdia".

Bento XVI indica logo que esta Santa estava firmemente convencida de que "todos os carismas estão destinados a edificar a Igreja. Precisamente por esta razão, não poucas de suas revelações estavam dirigidas, inclusive em forma de admoestações muito graves, aos fiéis de seu tempo, incluídas as autoridades religiosas e políticas, para que vivessem com coerência sua vida cristã. Mas se caracterizava sempre por sua atitude de respeito e de fidelidade plena ao Magistério da Igreja, em particular ao Sucessor de Pedro".

Em 1349 Brígida deixa para sempre a Suécia e peregrina a Roma para participar do Jubileu de 1350 e pedir ao Papa que aprovasse a regra de fundação da ordem religiosa que queria dedicar ao Santíssimo Salvador, composta por monges e monjas sob a autoridade da abadessa.

"É um dado que não deve nos surpreender", observou o Papa. "Na Idade Média há fundações monásticas com uma rama masculina e uma feminina que praticavam a mesma regra monástica sob a direção da abadessa. A grande tradição cristã reconhece à mulher uma dignidade própria, e segundo o exemplo de Maria, Reina dos Apóstolos, um próprio lugar na Igreja, que, sem coincidir com o sacerdócio ordenado, é igualmente importante para o crescimento espiritual da comunidade".

Santa Brígida peregrinou também a Assis e a Terra Santa. Morreu em 1373 e foi canonizada em 1391 por Bonifacio IX. Sua santidade, caracterizada por múltiplos dons e experiências, "converte-a em uma figura destacada na história européia" já que "mostra como o cristianismo impregnou profundamente a vida de todos os povos deste continente".

"Proclamando-a Co-padroeira da Europa, o Papa João Paulo II expressou sua esperança de que Santa Brígida –que viveu no século XIV, quando a cristandade ocidental ainda não estava ferida pela divisão– interceda ante Deus para obter a graça, tão esperada, da plena unidade de todos os cristãos", concluiu o Papa Bento XVI, pedindo também a intercessão da Santa para que "Europa se alimente sempre de suas raízes cristãs".

Em sua saudação em português o Papa se dirigiu desta maneira aos presentes: "Amados peregrinos de língua portuguesa, queridos fiéis brasileiros de Itatiba, França, Paciência, São Paulo e peregrinos vindos de Portugal: a todos dou as boas vindas, feliz e agradecido pela vossa visita amiga. O Pai do Céu derrame os seus dons sobre vós e vossas famílias, que de coração abençôo. Obrigado!".

Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=20426

Frase do dia

Quanto mais eu amo, sinto-me ainda mais devedor.

(Santo Agostinho)