sexta-feira, 15 de julho de 2011

CURSOS LIVRARIA PAULUS



Conforme site da Livraria Paulus segue abaixo os próximos cursos:


Curso: CURSO PERMANENTE DE LITURGIA
Objetivo: Aprofundar o sentido e a espiritualidade do ministério da palavra, nas celebrações litúrgicas.
Facilitador: Pe. Elielson Cassimiro
Data: 16/07/2011
Horário: 9:00:hs
Público-alvo: Agentes de equipes de liturgia e demais interessados.
Vagas: 80
Livro: 

Tema: 
Curso: MESA REDONDA: A PRÁTICA DO EXORCISMO
Objetivo: Refletir sobre a prática do Exorcismo à luz das várias ciências humanas
Facilitador: Pe. Matias (Mediador); Côn. José Mario de Medeiros (Padre exorcista); Roberto Lima (Filósofo); Dr. Silva Santos (Psiquiatra – hipnólogo); Profª Msª Maria do Socorro (Antropóloga); Pastor Alcimar (teólogo e historiador).
Data: 23/07/2011
Horário: 9:00 hs
Público-alvo: Alunos de teologia, Ciências da Religião e demais interessados
Vagas: 80
Livro: Summa Daemoniaca: Tratado de demonologia e manual de exorcistas, ed. Palavra e Prece; Exorcistas e psiquiatras, ed. Palavra e Prece; Novos relatos de um exorcista, ed. Palavra e Prece.




Fonte: http://www.paulus.com.br

A fome no mundo é resultado do egoísmo e da especulação, afirma o Papa

"A pobreza, o subdesenvolvimento e a fome –disse– são freqüentemente o resultado de atitudes egoístas que, partindo do coração do ser humano se manifestam em sua atividade social, nos intercâmbios econômicos, nas condições do mercado e se traduzem na negação do direito primário de toda pessoa a nutrir-se e, portanto, a não padecer fome". Trecho do pronunciamento do Papa Bento XVI, veja matéria completa clicando no link abaixo.

A fome no mundo é resultado do egoísmo e da especulação, afirma o Papa

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ordens mendicantes, uma renovação na Igreja

Bento XVI fala sobre as ordens mendicantes.

em 15 Janeiro 2010.
Queridos irmãos e irmãs:
No início do novo ano, contemplamos a história do cristianismo para ver como ela se desenvolve e como pode ser renovada. Nela, podemos notar que são os santos, guiados pela luz de Deus, os autênticos reformadores da vida da Igreja e da sociedade. Mestres com a palavra e testemunhas com o exemplo, sabem promover uma renovação eclesial estável e profunda, porque eles mesmos são profundamente renovados, estão em contato com a verdadeira novidade: a presença de Deus no mundo.
Esta consoladora realidade, ou seja, que em cada geração nasçam santos e tragam a criatividade da renovação, acompanha constantemente a história da Igreja em meio às tristezas e aos aspectos negativos do seu caminho. Vemos, de fato, século a século, nascerem também as forças da reforma e da renovação, porque a novidade de Deus é inexorável e dá sempre novo ânimo para seguir adiante. Assim aconteceu também no século XIII, com o nascimento e o extraordinário desenvolvimento das ordens mendicantes: um modelo de grande renovação em uma nova época histórica. Estas foram chamadas assim por sua característica de “mendigar”, isto é, de recorrer humildemente ao apoio econômico das pessoas para viver o voto de pobreza e levar a cabo sua própria missão evangelizadora.
Das ordens mendicantes que surgiram nesse período, as mais conhecidas são os Frades Menores e os Frades Pregadores, conhecidos como Franciscanos e Dominicanos. São chamados assim devido ao nome dos seus fundadores, Francisco de Assis e Domingos de Guzmão, respectivamente. Estes dois grandes santos tiveram a capacidade de ler com inteligência “os sinais dos tempos”, intuindo os desafios que a Igreja da sua época deveria enfrentar.
Um primeiro desafio estava representado pela expansão de vários grupos e movimentos de fiéis que, apesar de inspirados por um legítimo desejo de uma autêntica vida cristã, viviam frequentemente fora da comunhão eclesial. Estavam em profunda oposição à Igreja rica e bela que havia se desenvolvido precisamente com o florescimento do monaquismo. Em recentes catequeses, falei sobre a comunidade monástica de Cluny, que havia atraído jovens e, portanto, forças vitais, como também bens e riquezas. Havia se desenvolvido assim, logicamente, em um primeiro momento, uma Igreja rica em propriedades e também imóvel. Com relação a esta Igreja, contrapôs-se a ideia de que Cristo veio à terra pobre e que a verdadeira Igreja deveria ser precisamente a Igreja dos pobres; o desejo de uma verdadeira autenticidade cristã se opôs, assim, à realidade da Igreja empírica. Trata-se dos chamados movimentos pauperísticos da Idade Média. Estes rejeitavam asperamente a forma de viver dos sacerdotes e dos monges daquele tempo, acusados de terem traído o Evangelho e de não praticarem a pobreza como os primeiros cristãos, e estes movimentos contrapuseram ao ministério dos bispos uma autêntica “hierarquia paralela”.
Além disso, para justificar suas próprias escolhas, difundiram doutrinas incompatíveis com a fé católica. Por exemplo, o movimento dos cátaros ou albigenses voltou a propor antigas heresias, como a desvalorização e o desprezo do mundo material – a oposição à riqueza se converte velozmente em oposição contra a realidade material em si –, a negação da livre vontade e depois o dualismo, a existência de um segundo princípio de mal equiparado com Deus. Estes movimentos tiveram êxito, especialmente na França e na Itália, não somente por sua sólida organização, mas também porque denunciavam uma desordem real na Igreja, causada pelo comportamento pouco exemplar de vários representantes do clero.
Os Franciscanos e os Dominicanos, seguindo os passos dos seus fundadores, mostraram, no entanto, que era possível viver a pobreza evangélica, a verdade do Evangelho como tal, sem separar-se da Igreja; mostraram que a Igreja continua sendo o verdadeiro e autêntico lugar do Evangelho e da Escritura. Mais ainda, Domingos e Francisco extraíram precisamente da sua íntima comunhão com a Igreja e com o papado a força do seu testemunho. Com uma escolha completamente original na história da vida consagrada, os membros destas ordens não só renunciavam à possessão de bens pessoais, como faziam os monges desde a antiguidade, mas nem sequer queriam que se colocassem no nome da comunidade os terrenos e imóveis. Pretendiam, assim, dar testemunho de uma vida extremamente sóbria, para serem solidários com os pobres e confiarem somente na Providência, vivendo cada dia da Providência, da confiança de colocar-se nas mãos de Deus.
Este estilo pessoal e comunitário das ordens mendicantes, unido à total adesão aos ensinamentos da Igreja e à sua autoridade, foi muito apreciado pelos pontífices da época, como Inocêncio III e Honório III, que ofereceram seu completo apoio a estas novas experiências eclesiais, reconhecendo nelas a voz do Espírito. E não faltaram frutos: os movimentos pauperísticos que haviam se separado da Igreja voltaram a entrar em comunhão eclesial ou, lentamente, se redimensionaram até desaparecerem. Também hoje, apesar de vivermos em uma sociedade na qual frequentemente prevalece o “ter” sobre o “ser”, há muita sensibilidade quanto aos exemplos de pobreza e solidariedade que os crentes oferecem com escolhas valentes.
Também hoje não faltam iniciativas similares: os movimentos, que partem realmente da novidade do Evangelho e o vivem com radicalidade atualmente, colocando-se nas mãos de Deus, para servir o próximo. O mundo, como recordava Paulo VI na Evangelii nuntiandi, escuta com agrado os mestres, quando também são testemunhas. Esta é uma lição que não pode ser esquecida jamais na obra de difusão do Evangelho: viver primeiramente o que se anuncia, ser espelho da caridade divina.
Franciscanos e dominicanos foram testemunhas, mas também mestres. De fato, outra exigência difundida nesta época era a da instrução religiosa. Muitos fiéis leigos, que moravam nas cidades em vias de grande expansão, desejavam praticar uma vida cristã espiritualmente intensa. Tentavam, portanto, aprofundar no conhecimento da fé e ser guiados no árduo, mas entusiasmante caminho da santidade. As ordens mendicantes souberam felizmente ir ao encontro também desta necessidade: o anúncio do Evangelho na simplicidade e em sua profundidade e grandeza era um objetivo, talvez o principal objetivo deste movimento.
Com grande zelo, de fato, dedicaram-se à pregação. Eram muito numerosos os fiéis, frequentemente verdadeiras e autênticas multidões, que se reuniam para escutar os pregadores nas igrejas e nos lugares abertos; pensemos, por exemplo, em Santo Antônio. Eram tratados temas próximos das pessoas, sobretudo a prática das virtudes teologais e morais, com exemplos concretos, facilmente compreensíveis. Além disso, ensinavam-se formas para nutrir a vida de oração e a piedade. Por exemplo, os Franciscanos difundiram muito a devoção à humanidade de Cristo, com o compromisso de imitar o Senhor. Não surpreende, então, que fossem numerosos os fiéis, homens e mulheres, que escolhiam ser acompanhados no caminho cristão por frades franciscanos e dominicanos, diretores espirituais e confessores procurados e estimados. Nasceram, assim, associações de fiéis leigos que se inspiravam na espiritualidade de São Francisco e São Domingos, adaptada ao seu estado de vida. Trata-se da Ordem Terciária, tanto franciscana como dominicana. Em outras palavras, a proposta de uma “santidade leiga” conquistou muitas pessoas. Como recordou o Concílio Ecumênico Vaticano II, o chamado à santidade não está reservado a alguns, mas é universal (cf. Lumen gentium, 40). Em todos os estados de vida, segundo as exigências de cada um deles, encontra-se a possibilidade de viver o Evangelho. Também hoje, cada cristão deve tender à “medida alta da vida cristã”, seja qual for seu estado de vida.
A importância das ordens mendicantes cresceu tanto na Idade Média, que instituições leigas, como as organizações de trabalho, as antigas corporações e as próprias autoridades civis recorriam frequentemente à consulta espiritual dos membros dessas ordens para a redação dos seus regulamentos e, às vezes, para solucionar seus conflitos externos e internos. Os Franciscanos e os Dominicanos se converteram nos animadores espirituais da cidade medieval. Com grande intuição, levaram a cabo uma estratégia pastoral adaptada às transformações da sociedade. Dado que muitas pessoas se mudavam do campo para as cidades, eles já não colocaram seus conventos nas zonas rurais, mas urbanas. Além disso, para levar a cabo sua atividade em benefício das almas, era necessário mudar segundo as exigências pastorais.
Com outra escolha totalmente inovadora, as ordens mendicantes abandonaram o princípio de estabilidade, clássico do monaquismo antigo, para escolher outra forma. Menores e Pregadores viajavam de um lugar a outro, com fervor missionário. Em consequência, organizaram-se de forma diferente com relação à maior parte das ordens monásticas. Ao invés da tradicional autonomia de cada mosteiro, estes deram maior importância à ordem enquanto tal e ao superior geral, como também à estrutura das províncias. Assim, os mendicantes estavam mais disponíveis às exigências da Igreja universal. Esta flexibilidade tornou possível o envio dos frades mais adequados para o desenvolvimento de missões específicas, e as ordens mendicantes chegaram à África Setentrional, ao Oriente Médio, ao Norte da Europa. Com esta flexibilidade, o dinamismo missionário se renovou.
Outro grande desafio foram as transformações culturais que estavam ocorrendo nesse período. Novas questões tornavam vivaz a discussão nas universidades, que nasceram a finais do século XII. Menores e Pregadores não hesitaram em assumir também esta tarefa e, como estudantes e professores, entraram nas universidades mais famosas do seu tempo, erigiram centros de estudo, produziram textos de grande valor, deram vida a verdadeiras e autênticas escolas de pensamento, foram protagonistas da teologia escolástica em seu melhor período, incidiram significativamente no desenvolvimento do pensamento.
Os maiores pensadores, Santo Tomás de Aquino e São Boaventura, eram mendicantes, trabalhando precisamente com este dinamismo da nova evangelização, que renovou também a coragem do pensamento, do diálogo entre razão e fé. Também hoje há uma “caridade da e na verdade”, uma “caridade intelectual” a ser exercida, para iluminar as inteligências e conjugar a fé com a cultura. O empenho levado a cabo pelos Franciscanos e Dominicanos nas universidades medievais é um convite, queridos fiéis, a fazer-se presentes nos lugares de elaboração do saber, para propor, com respeito e convicção, a luz do Evangelho sobre as questões fundamentais que interessam o homem, sua dignidade, seu destino eterno. Pensando no papel dos Franciscanos e dos Dominicanos da Idade Média, na renovação espiritual que suscitaram, no sopro de vida nova que comunicaram no mundo, um monge disse: “Naquela época, o mundo se envelhecia. Surgiram duas ordens na Igreja, da que renovaram sua juventude, como a de uma águia” (Burchard d’Ursperg, Chronicon).
Queridos irmãos e irmãs, precisamente no começo deste ano, invoquemos o Espírito Santo, eterna juventude da Igreja: que Ele faça que cada um sinta a urgência de oferecer um testemunho coerente e valente do Evangelho, para que jamais faltem santos que façam resplandecer a Igreja como esposa sempre pura e bela, sem mancha nem rugas, capaz de atrair irresistivelmente o mundo a Cristo, à sua salvação.
[Durante as saudações, o Papa lançou um apelo:]
Desejo agora fazer um apelo pela dramática situação em que se encontra o Haiti. Meu pensamento se dirige, em particular, à população duramente atingida, há poucas horas, por um devastador terremoto, que causou graves perdas em vidas humanas, um grande aumento dos sem-teto e de dispersos e ingentes danos materiais. Convido todos a unir-se à minha oração ao Senhor pelas vítimas desta catástrofe e por aqueles que choram pelo seu desaparecimento. Asseguro minha proximidade espiritual àqueles que perderam sua casa e a todas as pessoas provadas de diversas formas por esta grave calamidade, implorando de Deus o consolo e o alívio em seu sofrimento. Convido todos à generosidade, para que não falte a estes irmãos, que vivem um momento de necessidade e de dor, nossa solidariedade concreta e o apoio fático da comunidade internacional. A Igreja Católica não deixará de ativar-se imediatamente, através de suas instituições caritativas, para ir ao encontro das necessidades mais imediatas da população.
[No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:]
Queridos peregrinos de língua portuguesa, possa o Espírito Santo suscitar no coração de cada um a urgência de oferecer ao mundo um testemunho coerente e corajoso do Evangelho. Que Deus abençoe a cada um de vós e vossas famílias! Ide em Paz! 
[Tradução: Aline Banchieri.
©Libreria Editrice Vaticana]
Fonte: Zenit | www.zenit.org