sábado, 11 de dezembro de 2010

O que pensava D.Estêvão Bettencourt

Deve-se ter uma ação após a penitência para uma boa confissão (além da oração)?
 
Sim. É preciso fazer o firme propósito de nunca mais pecar, ou ao menos de nunca mais recair neste erro em especial que foi perdoado.
 
Os atos de misericórdia (dar esmolas, visitar os doentes e presos, consolar os aflitos, dar de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede, abrigar os sem-teto, etc...). São atos que agradam à Justiça Divina, “descontando” o preço das nossas faltas.
 
A Igreja, pelo poder que recebeu de “ligar e desligar”, tem o poder de nos livrar destas penas. Para isto, exige um esforço da parte do fiel. Esta liberação da necessidade de satisfação das culpas perdoadas é chamada de Indulgência (que quer dizer: “indulto, livrar-se de uma pena, da prisão”). Estas indulgências podem parciais ou plenárias.
 
A indulgência plenária é a indulgência sobre toda e qualquer pena dos pecados perdoados. A Igreja utiliza o seu poder de conceder Indulgências para incentivar a prática de certas virtudes. Por exemplo: A leitura da Bíblia, especialmente os Evangelhos é com certeza a maneira mais correta de buscar conhecimento sobre o amor de Deus por nós. Por isto a Igreja concede uma Indulgência plenária por ano às pessoas que lerem ao menos um trecho do Evangelho todos os dias, rezando antes uma oração pedindo o dom do entendimento e depois uma agradecendo e beijando com devoção o Livro Sagrado.
 
Também são concedidas indulgências para várias orações, em especial a do Terço, se recitadas diariamente e com as devidas disposições (estar livre de pecado mortal e comungar com freqüência). A via-sacra é a maneira mais eficaz e correta de buscar uma indulgência plenária, pois medita os Evangelhos, oferece a Deus o sacrifício de Cristo e extingue em nós o desejo pelo pecado.
 
A “Oração a Jesus Crucificado” que está no fim deste artigo, se rezada após a comunhão também tem uma indulgência associada se for rezada com devoção contemplando o crucifixo.
 
Para ganhar qualquer indulgência é necessário comungar no mesmo dia e rezar ao menos um pai-nosso pelo Santo Padre. 




Dom Estêvão Bettencourt (Rio de Janeiro16 de setembro de 1919 - 14 de abril de 2008), batizado Flávio Tavares Bettencourt, foi um dos mais destacados teólogos brasileiro do século XX. Foi também monge da Ordem dos Beneditinos do Mosteiro de São Bento, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. 





terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O que pensava D.Estêvão Bettencourt

A penitência é obrigatória para ser perdoado?

Se os meus pecados já foram perdoados, porque fazer penitência?
 
Caso morramos sem ter expiado todos os nossos pecados perdoados, teremos ainda que sofrer a justa satisfação por eles, antes de ir para o céu.
 
“Ajusta-te com o teu adversário enquanto ainda caminhas com ele, para não acontecer que ele te entregue ao juiz, e o juiz ao carrasco, que te porá na prisão. Na verdade eu te digo: Não sairás de lá até ter pago o último centavo” (Mt 5, 25-26). Ou seja: A salvação já está garantida (você já foi perdoado), mas é preciso compensar o dano causado.
 
Esta satisfação é o impedimento por algum tempo da alma ser aceita na glória do Céu: Ficamos na “sala de espera”, até que tenhamos expiado os nossos pecados. Esta espera dói terrivelmente, pois a alma, já perdoada, anseia desesperadamente por Deus, mas é impedida pelos males que causou. Este sofrimento é para “pagar os pecados”, como o povo diz. Mas do preço do pecado, que é a morte, Jesus já nos dispensou na Ressurreição. Agora ainda assim devemos satisfazer a Justiça Divina pelos pecados que cometemos, pois aqueles que nós ofendemos esperam de Deus, e com razão, que sejamos punidos pelas maldades que lhes cometemos.
 
A este sofrimento chamamos “Purgatório”. Nós podemos sofrer cá na terra em lugar das que sofrem lá, ou pelo sofrimento aqui (doenças, jejuns, penitências) livrar-nos do sofrimento lá, pois Deus irá nos considerar já suficientemente punidos pelas nossas maldades. Agora se essa punição é voluntária e auto-imposta, então ela tem muito mais valor, e assim um pequeno sofrimento auto-imposto nos livra de grandes sofrimentos que seriam nos impostos de cima e dos quais não poderíamos nos queixar, pois procedem de Deus Justo.
 
Podemos também oferecer a nossa penitência pelos pecadores, sofrendo na nossa carne o que eles deveriam sofrer para pagar os seus pecados. Isto é muito bom diante dos olhos de Deus, pois é um dos maiores atos de misericórdia:  Sofrer pela salvação dos outros.
 
A Igreja tem o poder de nos liberar do peso desta obrigação de satisfazer à Justiça Divina: “Tudo o que desligardes na terra, será desligado no céu” (Mt 16,19), através das Indulgências.
 
Uma maneira ótima de fazer penitência é oferecer esmolas (na forma de dinheiro ou comida), ou cometer qualquer bondade de maneira deliberada, buscando com essa bondade consolar a Deus pelas ofensas anteriormente cometidas.  




Dom Estêvão Bettencourt (Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1919 - 14 de abril de 2008), batizado Flávio Tavares Bettencourt, foi um dos mais destacados teólogos brasileiro do século XX. Foi também monge da Ordem dos Beneditinos do Mosteiro de São Bento, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. 


Fonte: http://peregrinosdejesus.org.br

Frase do dia

”Que eu me conheça Senhor e que eu ti conheça”.( Santo Agostinho )

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Frase do dia

O tempo é a extensão da criação e a extensão da mente. (Santo Agostinho)

Promessas de Deus

1. O SENHOR disse a Moisés: “Apresenta-te ao faraó e fala-lhe: Assim diz o SENHOR, o Deus dos hebreus: Deixa partir o meu povo para me prestar culto. (Ex 9,1 )