quarta-feira, 11 de julho de 2012

Frase do dia



"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota."

VATICANO II: 50 ANOS 7. IGREJA ABERTA AO MUNDO


  O Concílio Ecumênico Vaticano II nos apresenta, na constituição pastoral Gaudium et Spes, a Igreja em diálogo com o mundo com o mundo de hoje. Solidária com toda a humanidade, essa constituição conciliar proclama: "As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres  e de todos que sofrem, são também as alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo" (GS 1). 
  Com os olhos fixos em Jesus, o concílio proclama a dignidade inviolável de pessoa humana. Insiste na índole comunitária da vocação humana e na urgência da solidariedade entre as pessoas, povos e nações. Comprometida com a realidade, a Igreja do  concílio se inclina sobre os problemas urgentes que envolvem a vida, a família, a economia política. De maneira especial proclama a urgência da paz, fruto da justiça, do amor, condenando a guerra.
  Em sua missão religiosa, missão evangelizadora, a Igreja do concílio quer colaborar para que todas as pessoas tenham dignidade asseguradas, vida em plenitude. Quer iluminar o mundo inteiro com a luz de Cristo, para que tudo esteja a serviço do bem comum e haja verdadeira fraternidade universal. Essa postura profética da Igreja oferece aos discípulos missionários de Jesus, neste anos pós-conciliares, novo vigorem seu compromisso de construção do reino de Deus num mundo que se transforma e nos põe em face de novos e graves desafios. Mais do que nunca, diante do apelos do concílio, continua urgente a recomendação de D. Helder Câmara: "Não deixem cair a profecia!"     
D. Angélico Sândalo Bernardino
Bispo Emérito de Blumenau e
membro do Instituto Jesus Sacerdote

Fonte: jornal O Domingo

Semanário  Litúrgico-Catequético - Domingo, 17de junho de 2012




Frase do dia


"Estais sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele
que vos pedir a razão de vossa esperança." (I Pedro 3,15)

11 DE JULHO DIA DE SÃO BENTO


As informações sobre a vida de Bento nos foram transmitidas pelo seu biógrafo e contemporâneo, papa são Gregório Magno. No livro que enaltece o seu exemplo de santidade de vida, ele não registrou as datas de nascimento e morte. Assim, apenas recebemos da tradição cristã o relato de que Bento viveu entre os anos de 480 e 547. 


SÃO BENTO ABADE leia um pouco sobre sua vida,clicando aqui.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Dom Eugênio, uma escola de fidelidade


 | Categoria: Notícias

Dom Eugênio, uma escola de fidelidade

"Eu estou muito bem. Meu Pai é bom! Ele pode tudo. Ele sabe tudo." (Dom Eugênio Sales)
Papa João Paulo II, Dom Eugênio Sales e Pe. Paulo RicardoPapa João Paulo II, Dom Eugênio Sales e Pe. Paulo Ricardo
Fidelidade. Talvez não haja outra palavra para descrever melhor o que Dom Eugênio significou em minha vida.Fidelidade a Deus, à Igreja, ao Papa, às amizades, aos compromissos assumidos, à fé professada, aos princípios morais, à liturgia, à disciplina canônica, aos horários, à orientação dos médicos... A lista seria grande demais para elencar. Uma fidelidade que todos viam, que saltava aos olhos, que gritava sobre os tetos...
Mas o que talvez nem todos conhecessem era a alma desta fidelidade: o querer agradar a Deus em tudo e por tudo. Sim, mesmo que isto desagradasse aos homens; mesmo que isto desagradasse aos seus projetos pessoais e justas aspirações. Quem conviveu com Dom Eugênio pôde presenciar, no dia a dia, estas pequenas ou grandes violências que o Cardeal Sales fazia sobre si mesmo, para não desagradar a Deus.
Sua vida toda foi marcada por este drama interior que só os seus íntimos tiveram o privilégio de testemunhar. Uma dócil fidelidade à vontade de Deus, mesmo quando esta vontade se revestia da aparente irracionalidade da cruz.
Nos últimos anos de vida, Dom Eugênio viveu um verdadeiro calvário – seja por razões pessoais, familiares ou eclesiais. A todos que perguntavam se ele estava bem, se estava sofrendo ou se precisava de ajuda, Dom Eugênio respondia com frequência: “Eu estou muito bem. Meu Pai é bom! Ele pode tudo. Ele sabe tudo”. Confiança de um filho que deseja agradar ao Pai, mesmo quando não o compreende.
Na noite de ontem, Dom Eugênio, viveu a sua última Páscoa. Enquanto ele se apresenta diante de Deus, nós, seus filhos espirituais, temos o dever de sufragar sua alma e pedir ao Senhor que lhe conceda o descanso eterno. Mas, como quem conheceu de perto Dom Eugênio, sinto forte a tentação de dizer que, na verdade, as nossas orações serão usadas por Deus para outra finalidade. É bem possível que ele não as necessite e que esteja desde já ouvindo o convite do Pai bondoso, no qual tanto confiou: “Eia, servo bom e fiel, entra para a alegria do teu Senhor!” (Mt 25, 21).
Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior

VATICANO II: 50 ANOS 5. A IGREJA POVO DE DEUS!


O Concílio Ecumênico Vaticano II nos diz que a Igreja é povo de Deus! Essa atitude é muito importante e renovada, pois evita restringir a missão profética, real sacerdotal da Igreja somente ao papa, bispos, padres e diáconos. Na Igreja, há profunda igualdade entre todos; o que nos diferencia são as vocações, carismas, serviços, dons. Todos somos povos de Deus, discípulos missionários de Jesus, com a missão de evangelizar: "Por instituição divina", diz o concílio, "a Igreja é estruturada e regida com admirável variedade" (LG 32). E cita palavra do apóstolo Paulo: "Embora sejamos muitos, somos um corpo em Cristo, e somos membros uns dos outros" (Rm 12,4-5).
  Bispos e padres, fazendo parte do povo de Deus, são os que,
 "postos no sagrados ministérios, ensinado, santificado e regendo, pela autoridade de Cristo, apascentam a família de Deus tal modo que seja cumprido por todos o mandato novo da caridade" (LG 81). Diante de seu povo, o bispo santo Agostinho dizia: "Atemoriza-me o que sou para vós; consola-me o que sou convosco. Pois para vós sou bispo; convosco, sou cristão. Aquilo é um dever; isto uma graça. O primeiro é um perigo; o segundo, salvação".
  O povo de Deus peregrino, construindo o reino em comunhão e participação, vai cantando em todos os recantos do Brasil:
 "O povo de Deus no deserto andava, mas à sua frente alguém caminhava; também sou teu povo, Senhor, e estou nesta estrada; somente a tua graça me basta e mais nada".

D. Angélico Sândalo Bernardino
Bispo Emérito de Blumenau e
membro do Instituto Jesus Sacerdote

 

Fonte: jornal O Domingo

Semanário  Litúrgico-Catequético - Sabado, 9 de junho de 2012