sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

CF2012- 2. Saúde e salvação para a Igreja


12. A experiência da doença mostra que o ser humano é uma profunda unidade pneumossomática. Não é possível separar corpo e alma. Ao paralisar o corpo, a doença impede o espírito de voar. Mas se, de um lado, a experiência é de profunda unidade, de
outro, é de profunda ruptura. Com a doença passamos a perceber o corpo como um ‘outro’, independente, rebelde e opressor. Ninguém escolhe ficar doente. A doença se impõe. Além de não respeitar nossa liberdade, ela também tolhe nosso direito de ir e vir. A doença é, por isso, um forte convite à reconciliação e à harmonização com nosso próprio ser.

13. A doença é também um apelo à fraternidade e à igualdade, pois não discrimina ninguém. Atinge a todos: ricos, pobres, crianças, jovens, idosos. Com a doença, escancarasse diante de todos nossa profunda igualdade. Diante de tal realidade, a atitude mais lógica é a da fraternidade e da solidariedade.

14. Os temas da saúde e da doença exigem, portanto, uma abordagem ampla, como a proposta pelo Guia para a Pastoral da Saúde, elaborado pelo CELAM (Conferência Episcopal LatinoAmericana). O GPS diz que a saúde é afirmação da vida, em suas múltiplas incidências, e um direito fundamental que os Estados devem garantir (4).O mesmo documento assim define saúde: “saúde é um processo harmonioso de bem-estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a ausência de doença, processo que capacita o
ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre(5)”.

15. A vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre personalidade e responsabilidade (6). Nesse sentido, o Guia Pastoral, entendendo que a saúde é uma condição essencial para o desenvolvimento pessoal e comunitário, apresenta algumas exigências para sua melhoria:
a. articular o tema saúde com a alimentação; a educação; o trabalho; a remuneração; a promoção da mulher, da criança, da ecologia, do meio ambiente etc.;
b. a preocupação com as ações de promoção da saúde e defesa da vida, que respondem a necessidades imediatas das pessoas, das coletividades e das relações interpessoais.
No entanto, que estas ações contribuam para a construção de políticas públicas e de projetos de desenvolvimento nacional, local e paroquial, calcada em valores como: a igualdade, a solidariedade, a justiça, a democracia, a qualidade de  vida e a participação cidadã(7).

16. Trata-se de uma concepção dinâmica e socioeconômica da saúde que, ao tomar o tema da saúde, não restringe a reflexão a causas físicas, mentais e espirituais, mas avança para as sociais. Com esta abordagem, a Igreja objetiva apresentar elementos para dialogar com a sociedade, a fim de melhorar a situação de saúde da população(8).

4.Cf. CELAM. Guia para a Pastoral da Saúde na América Latina e no Caribe. Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2010, nn. 6-7.
5 GPS, n. 8.
6 Ibid
7 GPS, n. 9.
8 Ibid, n. 10.

Fonte: Texto Base- Ed; CNBB

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

CF2012- 1. Saúde e Doença: dois lados da mesma realidade


7. A vida, a saúde e a doença são realidades profundas, envoltas em mistérios. Diante delas, as ciências não se encontram em condições de oferecer uma palavra definitiva, mesmo com todo o aparato tecnológico hoje disponível. Assim, as enfermidades, o sofrimento e a morte apresentam-se como realidades duras de serem enfrentadas e contrariam os anseios de vida e bem-estar do ser humano.

8. Nas línguas antigas é comum a utilização de um mesmo termo para expressar os significados de saúde e de salvação¹.Na língua grega, soter é aquele que cura e ao mesmo tempo é salvador. Em latim, ocorre o mesmo com salus. Verifica-se o mesmo em outras línguas². Certamente, a convergência destes significados para um único termo é reflexo da dura experiência existencial diante destes fenômenos e a percepção de que o doente necessita ser curado ou salvo da moléstia pela ação de outrem.

9. Outro elemento importante, na antiguidade, para a compreensão da convergência dos significados de saúde e de salvação, é a antropologia de fundo. Sobretudo entre os orientais, o ser humano era concebido de forma unitária, com suas distintas dimensões profundamente integradas. Eles concebiam doenças de ordem corporal e de ordem espiritual, muitas vezes ligadas à ação de espíritos maus e a castigos. Neste contexto, consideravam que não é só o corpo que adoece, nem só a medicina que cura, o que conferia grande importância aos ritos religiosos para a salvação do adoentado.

10. A estreita ligação entre saúde e salvação (cura) e a convergência desses significados em um mesmo termo apontam, portanto,  para uma concepção mais abrangente do que seja a doença. As tendências de excluir a dimensão espiritual na consideração do que seja saúde e doença resultam, pois, em compreensões superficiais destas realidades. Como exemplo, temos a definição de saúde que a OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentou, em 1946,  que não incluía a dimensão espiritual: “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças³”.

11. Somente em 2003, a OMS incorporou a espiritualidade na reflexão e na definição da saúde, não sem polêmicas e posicionamentos contrários. Esta nova concepção vem, no entanto, se firmando como uma direção a ser seguida, pois amplia os elementos para a compreensão deste fenômeno, o que é mais condizente com a natureza humana.

¹“É o significado sânscrito de svastha (= bem estar, plenitude), que depois assumiu a forma do nórdico heill e, mais recentemente, Heil, whole, hall nas línguas anglo-saxônicas, que indicam integridade e plenitude. A mesma coisa acontece com o termo soteria na língua grega, segundo a qual justamente Asclépio é considerado sóter: aquele que cura e que é ao mesmo tempo salvador”. TERRIN, A. N. O sagrado off limits: a experiência religiosa e suas expressões. Tradução de Euclides Balancin. São Paulo: Loyola, 1998. p. 154.
² Ibid.
³ 3 Esta definição consta na Constituição da Organização Mundial de Saúde, aprovada em 22 de julho de 1946, Nova Yorque.

Fonte: Texto Base CF-2012 Ed. CNBB

Essa é a hora de afirmarmos nossa fé em Jesus

Querem nos impor um outro 'cristo' que não é Jesus. Com muito jeito e com muita persuasão, querem nos fazer esperar outro 'cristo'. Dizem mesmo que a humanidade inteira sempre esperou por um messias, mas não percebeu que não existiu apenas um, mas vários, dentre eles Jesus. Dizem até que Ele permaneceu por trinta anos no Oriente para adquirir conhecimentos. Tudo para confundir os próprios cristãos.


Leia matéria completa do Mons. Jonas clicando aqui

Livre-se do sentimento de culpa

Mergulhar no amor de Deus é o segredo para livrar-se do sentimento de culpa. Esse sentimento não vem do Senhor. Tudo o que nos escraviza e tira nossa alegria e paz não vem de Deus Pai.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Audio « Christo Nihil Praeponere

Marxismo Cultural e Revolução Cultural – Primeira Aula

Esta é uma série de palestras que busca compilar, de forma sistemática, o tema do Marxismo Cultural que se encontra difuso em diversos vídeos e palestras no site padrepauloricardo.org. O intuito é o de apresentar a revolução cultural dentro da Igreja ou, melhor dizendo, um estudo sistemático das raízes da Teologia da Libertação e de sua atuação dentro da Igreja Católica.
Como reflexão teológica, o objetivo é o de identificar o que está acontecendo com a teologia e a maneira como o pensamento revolucionário está influenciando a forma de pensar a teologia, Deus, a Igreja e o sacerdócio. Porém, para se chegar à teologia é importante conhecer as raízes desta revolução, que se encontram na filosofia.
O curso também irá abordar a razão pela qual a expressão teologia da libertação não é mais tema de discussão. Na realidade, ela já domina hegemonicamente o pensamento da própria Igreja. E é exatamente para desmascarar esse domínio velado que este curso é apresentado aos assinantes do site Christo Nihil Praeponere.
Clique no link abaixo:

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Oratio: A LITURGIA DAS HORAS

Oratio: A LITURGIA DAS HORAS:

Consagração do tempo Cristo estabeleceu que "é preciso orar sempre e nunca desistir” (Lc 18,1). Por isso a Igreja, atendendo fielmente a e...

domingo, 8 de janeiro de 2012

EPIFANIA DO SENHOR - Véspera

Cântico evangélico (MAGNIFICAT) Lc 1,46-55 

 Ant. Recordamos neste dia três mistérios:
Hoje a estrela guia os magos ao presépio.
Hoje a água se faz vinho para as bodas.
Hoje o Cristo no Jordão é batizado
para salvar-nos. Aleluia, aleluia.

A alegria da alma no Senhor 

46 A minha alma engrandece ao Senhor * 
47 e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, 
48 pois ele viu a pequenez de sua serva, * 
desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. 

49 O Poderoso fez por mim maravilhas * 
e Santo é o seu nome! 
50 Seu amor, de geração em geração, * 
chega a todos que o respeitam.

51 Demonstrou o poder de seu braço, * 
dispersou os orgulhosos. 
52 Derrubou os poderosos de seus tronos * 
e os humildes exaltou.

53 De bens saciou os famintos, * 
e despediu, sem nada, os ricos. 
54 Acolheu Israel, seu servidor, * 
fiel ao seu amor, 

55 como havia prometido aos nossos pais, * 
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre. 

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * 
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

 Ant. Recordamos neste dia três mistérios:
Hoje a estrela guia os magos ao presépio.
Hoje a água se faz vinho para as bodas.
Hoje o Cristo no Jordão é batizado
para salvar-nos. Aleluia, aleluia.