quinta-feira, 26 de maio de 2011

História da Igreja - A colonização e evangelização da América

História da Igreja

A colonização e evangelização da América

O Papa Bento XVI no seu discurso de abertura do V CELAM falou da importância da evangelização da América Latina que começou com Cristóvão Colombo em 12 de outubro de 1492. Cristóvão Colombo, que era católico, pediu a Nossa Senhora em seu altar na Catedral de Sevilha na Espanha, a graça de conseguir as três Caravelas que precisava para a viagem às Índias, navegando pelo Ocidente, inspirado nos conhecimentos do genovês Marco Pólo. Era uma cartada muito difícil.

Colombo já tinha recebido um “não” dos reis de Portugal e também da Espanha. Mas depois desta prece a Nossa Senhora, ele conseguiu com os reis católicos da Espanha, Fernando e Isabel, os recursos para fazer a grande viagem que deu início ao começo da nossa história. Os reis católicos tinham acabado de vencer os muçulmanos em Granada.


Não foi à toda que Colombo deu o nome à sua Nau Capitânea de “Santa Maria”. As outras, Pinta e Nina. Assim, sob a proteção de Nossa Senhora, e guiada por ela, a nau de Colombo, a Santa Maria tocava pela primeira vez o solo americano em 12 de outubro de 1492. Maria veio na frente. Graças a Deus. Todos nós latino americanos temos esta grande dívida para com Deus e com Nossa Senhora. Não fosse isso, esta América Latina não seria o maior Continente católico do mundo; e, como disse João Paulo II e Bento XVI, o “Continente da esperança”. Todas as vezes que vou a Portugal e Espanha para pregar Retiros agradeço àqueles povos por nos terem dado a maior riqueza do mundo: a fé de Cristo e da Igreja.


Os índios astecas e maias que aqui viviam eram sanguinários e ofereciam milhares de jovens em sacrifícios cruéis a seus deuses, rapazes e moças virgens, numa carnificina horrível que acontecia nas pirâmides dos deuses. Graças à evangelização dos espanhóis e dos missionários que com eles vieram, esta prática bárbara foi vencida. Após as aparições de Nossa Senhora de Guadalupe ao índio já então convertido, hoje São Juan Diego, os missionários espanhóis conseguiram, então, batizar mais de sete milhões de indígenas, e livra-los da barbárie.


Muito ao contrário do que dizem as más línguas, não foi um processo violento e destruidor, foi a maior libertação que esses povos nativos, bárbaros e sanguinários poderiam receber. Os reis da Espanha e Portugal eram verdadeiramente católicos e queriam obedecer o Evangelho de Cristo que manda: “Ide a todos os povos, pregai o Evangelho a todas as nações, ensinando-as a observar tudo o que eu vos prescrevi” (cf.Mt 28,20; Mc 16,14). É duro ter que dizer que os reis católicos de então eram mais evangelizadores do que muitos falsos missionários que temos hoje.


Lamentavelmente esses fatos são encobertos pela imprensa e por alguns dentro da própria Igreja, que novamente criticaram o Papa Bento XVI por ele ter dito essas palavras:
"O anúncio de Jesus e de seu Evangelho não supôs, em nenhum momento, uma alienação das culturas pré-colombianas, nem foi uma imposição de uma cultura estranha".


“Para os povos pré-colombianos, a evangelização significou conhecer e acolher a Cristo, o Deus desconhecido que seus antepassados, sem sabê-lo, procuravam em suas ricas tradições religiosas. Cristo era o Salvador que desejavam silenciosamente".


"Significou também ter recebido, com as águas do batismo, a vida divina que os fez filhos de Deus por adoção; ter recebido, além disso, o Espírito Santo que veio a fecundar suas culturas, as purificando e desenvolvendo os numerosos germens e sementes que o Verbo encarnado tinha posto nelas, as orientando assim pelos caminhos do Evangelho".


"A utopia de voltar a dar vida às religiões pré-colombianas, separando as de Cristo e da Igreja universal, não seria um progresso, a não ser um retrocesso. Em realidade seria uma involução para um momento histórico ancorado no passado". O Papa tem toda razão.
 
Prof. Felipe Aquino
Publicação original: Maio de 2007
Extraído de http://www.cleofas.com.br

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