sábado, 23 de outubro de 2010

O que pensava Dom Estevão Bitencourt

Se Deus é bom, porque somos julgados?
 
N
ós somos julgados porque Deus é bom. É bom porque é justo. E se é justo pode julgar. Veja bem: Se alguém me prejudicou nesta vida, contraiu uma dívida para comigo. Ao final de sua vida terrestre, a sua alma se apresentará diante de Deus que, por amor a mim, cobrará desta pessoa o prejuízo que me causou.
 
“Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5,6). Deus toma como ofensa pessoal quando nós ofendemos aos outros “Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber...todas as vezes que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25, 42.45), e por amor aos ofendidos, ele irá cobrar de nós a justa reparação pelo nosso erro, que pode ser uma das duas: Humilhar-se e reconhecer que se é pecador, e que não tem condições de pagar esta dívida, e suplicar a Deus o perdão, ou endurecer-se e recusar a aceitar da mão de Deus o perdão (por orgulho).
 
Neste último caso, a alma escolhe por pagar a dívida por si mesmo - isto é a condenação, o inferno.



Texto de Dom Estêvão Bettencourt

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